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‘NEGLIGÊNCIA OU VONTADE?’

Wellington defende criação de CPMI do oito de janeiro para esclarecer atuação de membros do governo Lula

24 Abr 2023 - 16:58

Da redação - Marcos Salesse / Do local - Érika Oliveira

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Wellington defende criação de CPMI do oito de janeiro para esclarecer atuação de membros do governo Lula
O senador Wellington Fagundes (PL) defendeu a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os ataques golpistas do dia 8 de janeiro, que culminaram na destruição de prédios públicos em Brasília. Seguindo a cartilha da oposição, o parlamentar declarou que pelas imagens de dentro do Palácio do Planalto, divulgadas na última semana, há possibilidade de membros do Governo Lula terem sido coniventes com os atos de depredação. Caso a Comissão seja instalada, Wellington afirmou que o PL deve ocupar três cadeiras na CPMI. 


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Em entrevista à imprensa, o parlamentar criticou a atuação de governistas diante dos atos golpistas. Durante sua fala, Wellington citou as imagens divulgadas pela CNN Brasil, em que o ex-membro do GSI, major do Exército José Eduardo Natale Pereira, aparece oferecendo água para os manifestantes responsáveis pelo ataque. Para o senador, é preciso uma investigação para saber se houve “negligência ou vontade que aquilo acontecesse?”. 

“Aquela tranquilidade demonstra muita coisa. Isso terá que ser provado e explicado todos os porquês, quem provocou? Isso toda a população precisa saber. Por que essas imagens ficaram secretas? É muita pergunta que precisa ser respondida nesta CPMI.  Houve negligência ou houve na verdade vontade que aquilo acontecesse? Então tudo isso terá que ser respondido”, comentou Wellington. 

O parlamentar ainda rebateu a fala do novo chefe interino do GSI, Ricardo Cappelli, que ao defender a atuação do ex-chefe, Gonçalves Dias, declarou que o general estava há apenas seis dias no cargo. Para Fagundes, o período de transição também deve ser levado em conta. 

“Houve uma transição, o governo teve uma transição de quase 90 dias. Não dá para falar que foram apenas oito dias de Governo. Aliás, oito dias é o suficiente para saber da segurança do Palácio e dos Poderes”, acrescentou o parlamentar. 

Após a divulgação da íntegra das imagens, feita por Cappelli, neste sábado (22), após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), membros da oposição já começam a mirar em governistas, como o novo chefe do GSI e o ministro da Justiça, Flávio Dino. Diante da possibilidade de abertura da CPI, Wellington avalia como uma possibilidade de apresentar respostas à população. 

PL na CPMI 

Líder do bloco Vanguarda, o parlamentar afirmou que vai se reunir com os integrantes nesta terça-feira (25) para discutir quem serão os parlamentares que vão ocupar as vagas na CPMI. O senador adiantou ainda que não vai atuar na Comissão e que o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, deve ocupar três cadeiras, entre suplentes e titulares. 

“Estou como líder do bloco Vanguarda e amanhã nós temos reunião para decidir, mas o certo é a proporcionalidade. Já temos definidas as vagas, o PL deve ficar com três vagas entre titular e suplente, assim como cada partido tem as suas indicações. E a eleição também deve ser feita pela proporcionalidade”, disse. 

Questionado se parlamentares já haviam o procurado para serem indicados, Wellington confirmou e apontou nomes de possíveis indicações, como do senador Magno Malta. A indicação de Flávio Bolsonaro ainda está em discussão, já que o senador seria uma representação direta do seu pai, apontado como um dos alvos da CPMI. 

“Já me pediram, mas amanhã vamos decidir. O Magno Malta é um por exemplo que gosta muito. Se discutiu muito a participação do Eduardo Bolsonaro, do Flávio Bolsonaro, pelo fato de serem filhos do Bolsonaro. Acho que teriam vantagem, porque eles são a figura do Bolsonaro, acho que é importante também”, finalizou. 

Nesta quarta-feira (26), deve haver uma sessão no Congresso Federal para debater a possibilidade de abertura da CPMI. A leitura do requerimento deve ser feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
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