O governador Mauro Mendes (União) não fez rodeios ao afirmar que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), mentiu ao acusá-lo de tentar realocar recursos federais das obras previstas na região do Araguaia para a construção do segundo trecho da Rodoanel, em Cuiabá.

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Fávaro, nesta quinta-feira (24), publicou vídeo citando suposta manobra de Mauro, que teria sugerido ao ministro dos Transportes, Renan Filho, a retirada de recursos previstos para as obras de pavimentação das BRs 158 e 242.

A reunião ocorreu em Brasília, na quarta-feira (23), e contou com uma comitiva de Mato Grosso. Além dos secretários Fábio Garcia (Casa Civil) e Rogério Gallo (Fazenda), quase toda a bancada federal estava presente, e assinou documento requerendo recursos do governo Lula para a obra na capital.

“É uma grande mentira do Fávaro, uma grande mentira. Eu estive lá a convite da bancada, essa reunião foi marcada pela bancada federal, não por mim. Fui lá como convidado pela bancada”, afirmou, na manhã desta sexta-feira (25), durante embarque de alunos da rede estadual, que farão para um intercâmbio em Londres.

“Em nenhum momento nós pedimos para tirar dinheiro da 158 e 242. Eu lamento profundamente alguém que ocupa um importante cargo se dispor a gravar um vídeo falando mentira. Nós pedimos para colocar recursos, aí ele (governo federal) vai tirar da onde ele achar que deve”, completou.

Mauro garantiu que na reunião, o governo estadual reafirmou a importância de obras na BR-158, assim como o licenciamento da BR-242 e os problemas da BR-080. “Houve uma ampla conversa sobre isso, mas o grande objetivo foi colocar recurso no Rodanel de Cuiabá, pois a obra está licenciada, pronta para a ir para licitação, bastando o DNIT alocar recursos”.

Mauro ainda destacou que as obras nas BRs só foram incluídas no PAC, a pedido do governo estadual, que listou prioridades de Mato Grosso ao presidente Lula (PT).

Sobre os recursos para a segunda etapa da Rodoanel, Mauro explicou que Renan Filho não estabeleceu prazos. “Se ele alocar os recursos nesse convênio este ano, nós podemos fazer a licitação ainda em 2023 e assim que acabar as chuvas, as obras começariam”.