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Domingo, 28 de abril de 2024

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Blairo diz que há tensionamento no diálogo entre agro e Lula: ‘partido defende reforma agrária e invasão’

Foto: Reprodução

Blairo diz que há tensionamento no diálogo entre agro e Lula: ‘partido defende reforma agrária e invasão’
O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi afirmou que apesar dos esforços para a criação de um espaço para diálogo, há um tensionamento entre o agronegócio e o presidente Lula (PT). Blairo associou as dificuldades no diálogo entre o setor e o Executivo a fatores como a fiscalização no campo e a questões ambientais.


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“Há um tensionamento nessa relação, embora as duas partes estejam tentando criar um espaço para diálogo através do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que é um ex-assentado e um agricultor que tem procurado fazer esse encontro”, disse, em entrevista ao empresário Abílio Diniz, que comanda o programa Caminhos, transmitido nesta terça-feira (26), na CNN.

“O pessoal [do agro] se ressente bastante da fiscalização no campo, porque ela é dura, às vezes até maldosa. Nessas questões do meio ambiente os agricultores também sofrem muito. Há uma pressão muito forte e isso estraga um pouco essa relação”, afirmou.

Na avaliação do ex-governador e ex-senador, essa tensão do setor se deve a fatores ligados ao direito a propriedade, já que o partido de Lula, PT, defende a reforma agrária e invasão de terras.

“Para a agricultura é muito cara a propriedade, é um sentimento muito forte, e a gente sabe que o partido do presidente defende outra coisa. Ele defende a reforma agrária, ele defende a invasão — é claro que todo mundo fala muito isso abertamente — e isso machuca muito a agricultura”, destacou.

Além disso, para Blairo, o posicionamento de Lula com relação ao armamento também gera ruídos na comunicação.

“Eu sou contra o armamento, mas não há a possibilidade de você viver numa fazenda, de você estar distante das áreas de segurança e não ter a possibilidade de manter uma arma, manter alguma coisa para se defender. Esses valores são o que fazem uma diferença hoje na política com o presidente Lula, porque ele defende uma coisa e os agricultores defendem outra”, acrescentou.

Por outro lado, o ex-ministro afirmou não ver “grandes problemas” em relação à conduta do presidente em questões mais amplas que envolvem a agricultura, como produção, reconhecimento e recursos dos planos Safra. “Isso tem caminhado”, disse.

Reconhecimento

Ainda na entrevista, Blairo afirmou que apesar das reclamações de produtores, o agronegócio é um setor reconhecido, que cresceu por meio da ciência e da capacitação. “Nós somos reconhecidos. Fui ministro da Agricultura e quando estive lá tive a oportunidade de ver várias pesquisas sobre como a população enxerga o agro. As pessoas tem orgulho e sabem da importância”.

Blairo diz que assim como em outros setores, há pessoas que não fazem bem feito, como na questão do desmatamento. “O desmatamento não deve existir mais, já fizemos o que devia ter sido feito. Hoje não é possível fazer, mas alguns fazem à revelia da lei. Daí, vem as críticas e isso dói em todo mundo do setor. A agricultura é reconhecida, não levo essa pecha de dizer: ‘coitadinho da agricultura, são importantes e ninguém reconhece’. A gente vê como o agronegócio brasileiro é reconhecido nos grandes centros, pelo mercado financeiro. Tem gente que faz mal feito e recebe críticas, eu faço bem feito e não recebo”.

 
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