Em Brasília (DF) para participar audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado, o governador Mauro Mendes (União) defendeu a estadualização do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Questionando a edital de concessão de algumas atividades da unidade de conservação, o chefe do Executivo estadual elencou investimentos e garantiu que o objetivo do governo estadual não é ter lucros com a atividade turística, mas fomentar o setor na Baixada Cuiabana.
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“É um belo patrimônio natural, que precisa ser cuidado, entretanto precisa ter esses investimentos para potencializar o seu uso. Sem esses investimentos, nós não acreditamos que isso vai se concretizar. Temos 41 unidades de conservação, mas em nenhuma delas, de longe, tem o potencial turístico de Chapada dos Guimarães, que está há 50 Km da capital e do aeroporto”, afirmou, durante a audiência pública que debate o projeto de lei (3.649/2023) para estadualizar o Parque de Chapada dos Guimarães, nesta terça-feira (3).
“Quem faz investimento privado em concessão é para ganhar dinheiro e o Estado não tem o menor interesse em ganhar dinheiro, tem o interesse de conservar, manter a unidade, mas potencializar o seu uso como grande atrativo turístico”, acrescentou.
De acordo com Mauro, o governo estadual elencou o turismo como uma das grandes potencialidades para melhorar o desenvolvimento econômico da Baixada Cuiabana, pois não tem possibilidade de ter atividades ligadas ao agronegócio na região.
O governador elencou alguns investimentos já realizados pelo Executivo, como a construção do Parque Novo Mato Grosso, onde será investido R$ 600 milhões. Além disso, garantiu que o Estado tem capacidade financeira para cumprir todos os compromissos que se propõe a assumir.
“A Baixada Cuiabana é uma das poucas regiões do Estado que hoje não tem uma nova alternativa de atividade econômica. A mais importante vocação econômica dessa região é o turismo, por conta do Pantanal, Chapada dos Guimarães, Nobres e tantas cachoeiras. O governo estabeleceu uma estratégia e estamos investindo em todos esses potenciais”, disse.
Por fim, Mauro questionou a capacidade de investimento do governo federal e disse que a proposta de concessão não prevê recursos suficientes para melhorar a infraestrutura dos pontos turísticos do parque e preservar a unidade.
“A infraestrutura é pífia, não tem produtos para atrair. Aquilo que você não usa, você não cuida. Precisamos fazer alguns investimentos e é isso que estamos pedindo já há um tempo. Nós temos o dinheiro para investir – R$ 200 milhões em três anos -, queremos fazer os investimentos e estamos pleiteando essa autorização”, reforçou.
“É um edital que não vai alcançar esse objetivo. Estabelece que em cinco anos serão investidos R$ 18 milhões, mas é muito pouco. Na praça no centro de Chapada nós investimos R$ 15 milhões”, afirmou, acrescentando que o edital ainda autoriza a cobrança de ingresso de até R$ 100 por pessoa, para entrada nos pontos turísticos.
Conduzida pela senadora Leila Barros (PDT), a audiência é acompanhada pelos senadores Jayme Campos (União), Margareth Buzzetti (PSD) – autora do projeto – e Mauro Carvalho (União) – relator do projeto.
De Mato Grosso, estão os deputados estaduais Lúdio Cabral (PT) e Valdir Barranco (PT), além dos secretários Mauren Lazzaretti (Meio Ambiente) e Fábio Garcia (Casa Civil).
