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Domingo, 28 de abril de 2024

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'nos respeitavam'

"Eram guris bons e trabalhadores", diz coordenador de casa onde ocorreu tentativa de chacina em Rondonópolis

Foto: Varlei Cordova/AgoraMT

O coordenador da Casa do Bom Samaritano, Marlos Gabriel dos Santos, afirmou em entrevista ao Olhar Direto que conhecia algumas das vítimas da tentativa de chacina ocorrida na madrugada desta quarta-feira (27), em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). À reportagem, ele afirmou que os rapazes eram "guris bons e trabalhadores".


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Na ocasião, uma pessoa ainda não identificada que estava dentro de uma Land Rover, abriu fogo contra pessoas em situação de rua, próximo ao Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro Pop), numa avenida da cidade. 

Morreram no local Odinilson Landvoigt de Oliveira, 41 anos, e Thiago Rodrigues Lopes, de 37 anos. Foram socorridos William Pereira de Oliveira Filho, de 25 anos, e Oziel Ferle da Silva, de 35 anos. Ambos estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

Segundo Marlos, “os guris”, como ele se referiu aos rapazes vítimas do ataque, costumavam dormir e se alimentar na Casa Bom Samaritano e permaneciam no local “noite e dia”. Ele frisou ainda que desconhecia qualquer possível rixa que motivasse a tentativa de homicídio e reforçou que os rapazes eram “guris bons e trabalhadores”. 

Eles tinham desilusões amorosas, ficavam e comiam por aqui. Eles não nos incomodavam e nos respeitavam. Eu não tenho o que falar para reclamar deles. Se deu problema com alguém, deve ter sido no passado. Desconheço. Mas não posso afirmar. Pelo menos comigo, que estou há dois anos aqui em casa, nunca ouvi falar nada deles”. 

A Casa Bom Samaritano é uma instituição sem fins lucrativos mantida pela Renovação Carismática da Igreja Católica. Conforme Marlos, as despesas do local são mantidas com doações de empresários da cidade. 

Segundo o coordenador, ele também costumava conseguir serviços diários para os homens que frequentavam a Casa Bom Samaritano. “As pessoas elogiavam eles”.  “O que eles faziam era dormir aqui em frente. Eles não gostavam de ir para o albergue da prefeitura, porque lá tinha que acordar às 5h e descer para tomar o café na associação. Eles preferiam ficar deitados na rua”. 

Nesta quarta-feira, a Polícia Civil afirmou que iria ouvir testemunhas que presenciaram o crime. No entanto, nenhum suspeito foi preso até o momento. O caso segue sob investigação.
 
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