O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), defendeu a estadualização do contrato do Hospital de Câncer (HCan) de Mato Grosso, após a unidade exigir que a prefeitura pague os repasses atrasados, que somados chegam a R$ 16 milhões.

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Emanuel elogiou a sugestão apresentada pelo promotor de Justiça, Milton Mattos da Silveira Neto, e destacou que o estado tem uma estrutura maior para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos no hospital.

“É inconcebível milhões e milhões de reais serem repassados para uma instituição sem ela ter a contrapartida da prestação de contas. Ninguém conhece a fundo essa prestação de contas. E o estado tem uma estrutura maior, mais preparada, mais ampliada, melhor colocando, para fazer essa fiscalização”, disse.

“Estou 100% de acordo e já me coloquei à disposição do doutor Milton, do Ministério Público, para acelerar esse processo”, acrescentou.

Ao defender a medida, o prefeito comentou que o Hospital de Câncer é uma unidade de alta complexidade, serviços que competem ao Estado e à União. Ele explicou que o Município atuava apenas como repassador do dinheiro que era enviado pelos outros entes.

“A alta complexidade fica sob a responsabilidade de quem deva ter essa responsabilidade. Então, para mim, eu não faço a mínima questão, como prefeito, de ser esse agente repassador, que vá para o estado e o estado possa ampliar pela estrutura que tem, possa ampliar melhor a fiscalização sobre o posto”, ressaltou.

Nesta semana, a HCan anunciou a suspensão de alguns serviços devido à falta de recursos. Para evitar a suspensão dos atendimentos, o hospital solicitou o recebimento de R$ 6,5 milhões, mas a prefeitura repassou metade do valor.

Antes de repassar o contrato para o estado, o promotor defendeu a realização de uma auditoria no hospital para saber o real cenário financeiro da instituição e o real valor devido, já que o Município rebate o montante.