O coronel do Exército Brasileiro (EB) Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas depôs pela segunda vez à Polícia Civil, nesta quinta-feira (1º), no bojo das investigações do assassinato do advogado Roberto Zampieri. Ele é suspeito de financiar a execução do jurista. O depoimento foi tomado no 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Cuiabá, e durou cerca de duas horas. 

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Em entrevista coletiva após a oitiva, o delegado da Polícia Civil Nilson Farias, que coordena as investigações, disse que tem elementos e provas da participação de Etevaldo no financiamento da execução de Zampieri. Ele afirmou que a polícia, no momento, se debruça sobre provas técnicas como extratos bancários, interceptação de ligações telefônicas e conversas de WhatsApp.

“Até o presente momento ele não confessou o crime. Porém trouxe elementos e conversou. No primeiro momento ele ficou em silêncio, mas ele acabou falando e utilizando seus argumentos de defesa. 

“A princípio, ele nega a participação no financiamento, porém, é exatamente um quebra-cabeça que vem sendo montado. E em relação a ele, hoje nós já temos elementos de provas, ao meu ver, suficientes [de que foi o Coronel que financiou a morte do advogado]”, disse o delegado. 

O coronel esteve quatro vezes em Cuiabá entre janeiro e dezembro de 2023, segundo as investigações da Polícia Civil. O jurista foi executado com ao menos 10 tiros em frente ao seu escritório, na capital, em dezembro do ano passado.

Caçadini foi preso em Belo Horizonte em 15 de janeiro, após ser delatado por outros supostos criminosos envolvidos no assassinato do advogado. Ele chegou da capital mineira em Cuiabá no dia 17 de janeiro e está preso no 44º Batalhão do Exército.