O coronel do Exército Brasileiro (EB) Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, 68 anos, disse à Polícia Civil que ficou “surpreendido” ao ficar sabendo que havia sido “delatado” por Hedilerson Fialho Martins Barbosa, 53 anos. O militar contou ao delegado Nilson Farias que acredita que Barbosa só o denunciou após ter sofrido ameaça de ser colocado em uma cela com membros das facções Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC).
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Barbosa é apontado pela Polícia Civil como o responsável por ter arregimentado Antônio Gomes da Silva para executar o advogado Roberto Zampieri, no dia 5 de dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele está preso preventivamente na Penitenciária Central do Estado (PCE), também na capital mato-grossense.
Ao delegado, Caçadini detalhou que se “surpreendeu” com o fato de Barbosa ter citado seu nome. Ele disse que acredita que, pela sua história no quartel em Belo Horizonte e pelo respeito que tem na sociedade, pode ter passado a ser uma “tábua de salvação”.
“Que acredita que o fato de Barbosa ter prestado seu depoimento sem advogado, transferido rapidamente para esta Capital e sofrendo pressões psicológicas com ameaças de ir para ala do PCC ou ala do Comando Vermelho, acredita que isso abalou psicologicamente Barbosa”, diz trecho do 2º depoimento do militar.
Caçadini ainda concluiu dizendo que Barbosa tem “problemas psicológicos” e, diante disso, disse coisas “que não devia”.
Relação estritamente profissional
Em outra parte do depoimento, Caçadini disse que a sua relação com Barbosa era “estritamente profissional” e que criou um vínculo maior com o investigado após os ataques golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, quando formaram o grupo pró-Bolsonaro “Frente Ampla Patriota”.
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