Com a possível nova onda de covid-19 e descoberta de uma nova variante da Ômicron, a JN 2.5, Mato Grosso acende o alerta para a doença, que já matou 17 pessoas neste início de 2024. Diversos municípios já passaram a recomendar o uso de máscaras em locais fechados e reforçam as campanhas de vacinação. Além disso, o Carnaval inicia no final desta semana, sexta-feira (9), podendo elevar mais ainda os casos no estado, devido às aglomerações.
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Em conversa com o
Olhar Direto, o infectologista e Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Mato Grosso, Luciano Corrêa Ribeiro, 48 anos, reforçou algumas recomendações, como a procura por unidades de saúde, para aplicação de testes, quando houver sintomas.
Com a circulação em larga escala da nova variante, Luciano acredita que possa ocorrer o aumento de casos da covid-19 durante o Carnaval, como já vem sendo documentado em Mato Grosso. No entanto, a certeza só virá no período exato das festividades, com dados da semana epidemiológica.
Até o dia 4 de fevereiro, o estado registrou 7.957 casos da covid-19, e, segundo o infectologista, é observado um aumento de pessoas procurando os serviços de saúde, ocasionando assim os registros dos positivados para a doença.
“Caso a pessoa esteja com qualquer tipo de sintoma respiratório, deve ficar isolado e fazer o teste. Também é recomendado o uso da máscara, para todos, protegendo o nariz e boca em locais de grande aglomeração, evitando ficar retirando a todo momento”, disse o médico.
Mas Ribeiro reforça que a máscara deve ser usada da forma correta para impedir a contaminação pelo vírus. Também é recomendado que não se coloque as máscaras no bolso, evite molhar e utilizar as de pano.
“A máscara tem que ser utilizada de forma contínua em setores fechados, e isso não é feito de forma permanente, por isso seu uso irregular é a mesma coisa que não utilizar. Outra medida seria sempre lavar as mãos”, afirmou o especialista.
“A minha recomendação é que todos estejam com a vacinação em dia e que na presença de sintomas façam o teste rápido e fiquem em casa isolados se der positivo, que ao saírem para as festas utilizem as máscaras de forma correta, pois seu uso incorreto poderá inclusive colaborar para mais transmissão, que sempre lavem as mãos evitando tocar na boca e nariz”, completou.
Para Luciano, as melhores medidas continuam sendo as de cunho educacional, realizadas pelo Poder Público, por meio de propagandas, outdoors e outros, reforçando a vacinação, o uso de máscaras e as formas de prevenção, como a lavagem recorrente das mãos de forma sistemática, e evitar tocar boca e nariz, sem a higienização.
