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PRÉ-EPIDEMIA

Gilberto refuta retaliação política no não envio de vacinas da dengue para Mato Grosso: 'vacina ainda não é solução'

07 Fev 2024 - 10:21

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Foto: Olhar Direto

Gilberto refuta retaliação política no não envio de vacinas da dengue para Mato Grosso: 'vacina ainda não é solução'
O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, garantiu que não há retaliação política por parte do governo federal pelo não envio das vacinas da dengue para Mato Grosso. O gestor reforçou que a distribuição seguiu critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), diante do número insuficiente de doses.


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De acordo com a OMS, o crescimento ocorre por uma combinação de fatores, como o calor excessivo e chuvas intensas, possíveis efeitos do El Niño, além do ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus da doença no país.

“Não significa retaliação política. Governo federal comprou 100% do estoque da vacina disponível. Isso é equivalente a vacinar 1,3% da população brasileira, em duas doses. Foi feito um recorte obedecendo a recomendação da OMS, para priorizar a faixa etária de 6 a 15 anos. E, mesmo assim, nos municípios com maior incidência e que já tem registro da dengue tipo 2, o que não é o caso de Mato Grosso”, afirmou.

“Dengue já é uma pré-epidemia, isso no país todo, por isso já existe medidas nacionais, porém, nosso estado não é o que figura com mais casos, tanto é que não foi nem elegido inicialmente para receber a vacina”, acrescentou.

Gilberto ainda pontuou que a vacinação não será efetiva para este momento, já que a imunização completa do grupo prioritário só deve ocorrer após o pico da dengue no país.

“É importante frisar que, nesse momento, a vacina não é a solução para Dengue, pois mesmo que seja disponibilizada, a primeira dose vai começar a ser aplicada lá no início de março. Depois tem a segunda dose, três meses depois. Quando a segunda dose estiver sendo aplicada, nós já vamos ter saído do pico da dengue”, explicou.

Por fim, o secretário ressaltou que o controle da dengue passa, primordialmente, pela conscientização da população. “75% dos focos de proliferação das larvas dos mosquitos estão dentro das residências. Se cada um fizer sua parte dentro de casa, com certeza, vamos amenizar os casos”.

Vacinação

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer vacina contra a dengue no sistema público de saúde. Essa vacina foi aprovada para uso no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Assim, considerando as etapas e os fluxos que envolvem a incorporação de um imunobiológico no SUS, o Ministério da Saúde, no mesmo ano (dezembro de 2023), incorporou a vacina ao sistema de saúde. A inclusão da vacina foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) de forma prioritária e em regime de urgência.

A partir da aprovação pela Conitec para incorporação da nova tecnologia, o Ministério da Saúde adquiriu todas as vacinas contra a dengue que foram disponibilizadas pelo fabricante, visando iniciar a vacinação o quanto antes. Contudo, a quantidade de doses está limitada à capacidade operacional e logística do fabricante.

Diante da capacidade limitada de fabricação das doses da vacina pela farmacêutica, cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas ao longo de 2024. A primeira remessa, com cerca de 757 mil doses, chegou ao Brasil no dia 20 de janeiro. Mais 568 mil doses estão previstas para chegar ainda no mês de fevereiro. Além disso, o Ministério da Saúde adquiriu mais 5,2 milhões de doses. Para 2025, a pasta já contratou nove milhões de vacinas.

No último sábado (3), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reuniu-se com Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo, e Mario Moreira, presidente da Fiocruz, instituto de ciência e tecnologia do Ministério da Saúde, para viabilizar parceria estratégica visando aumentar a produção de vacinas de dengue no Brasil.

O objetivo do Ministério da Saúde é unir e coordenar esforços para ampliar o acesso de toda população às vacinas Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, e Butantan-DV, que está em desenvolvimento pelo Instituto Butantan. As duas instituições manifestaram interesse em atuar em conjunto para acelerar a produção de vacinas no Brasil.

Inicialmente, a prioridade para vacinação são crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue (16,4 mil de janeiro de 2019 a novembro de 2023) na população-alvo da vacina. Esta medida está alinhada com as recomendações nacionais e internacionais de especialistas em imunização.

A partir de fevereiro, 521 municípios de regiões endêmicas, incluindo 16 estados e o Distrito Federal, receberão o imunizante. 
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