Após nova votação, a Câmara de Primavera do Leste (231 Km de Cuiabá) confirmou a cassação do vereador Adriano Carvalho (PRF), conhecido como Inspetor Adriano. A sessão que durou mais de 13 horas foi realizada na segunda-feira (19), após o parlamentar conseguir anular o resultado da primeira votação, ocorrida em setembro de 2023.
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Adriano foi alvo do processo disciplinar acusado de enviar mensagens de ódio contra membros da Câmara, prefeito e vice-prefeito da cidade. Em setembro, a perda do mandato foi defendida por 12 dos 15 vereadores.
O desembargador Marcio Vidal, do Tribunal de Justiça (TJMT), no entanto, anulou a cassação e determinou a convocação de uma nova sessão para votação com participação de todos os suplentes dos vereadores que não pudessem votar.
Ainda na decisão, devido a documentação entregue durante o processo, foi determinado que Inspetor Adriano tem direito a uma decisão temporária, porque há uma “probabilidade de êxito” do recurso.
De acordo com Vidal, os vereadores Zancanaro (MDB) e Manoel Mazzutti (MDB) se declararam suspeitos de participarem da Comissão Processante, mas votaram pela cassação, assim como Iltemar, interessado no processo. Neste sentido, o magistrado determinou que a cassação fosse analisada novamente.
Com a decisão, a Mesa Diretora convocou os suplentes Rafael Abreu (União) substituindo Renato Cazanelli; Aldo Batista (UB) em substituição a Temazin Pedreiro; Uberdan Moesch (MDB) substituindo Manoel Mazzutti; e Carlos Araújo (MDB).
Quebra de decoro
A denúncia foi feita por um representante da sociedade civil e o vereador ficará inelegível por oito anos a partir de 2025, quando seu mandato seria encerrado. A ação de mensagens de ódio e antiética sobre membros da Câmara foi considerada quebra de decoro. Quem assume o lugar do vereador é o suplente Gilberto Telles (Podemos).
Inspetor Adriano foi alvo da Comissão de Ética após atribuir apelido e debochar do colega Iltemar Ferreira de Queiroz (União). Em outro caso, o bolsonarista usou as redes sociais para atacar o vereador Luis Carlos Magalhães (PP), alegando que ele seria integrante de um “trio satânico” e ‘membro das trevas”.
Ao reanalisar o caso, os vereadores consideraram que o Inspetor Adriano é culpado em três itens: atribuir apelido e debochar; quebra de decoro parlamentar contra o servidor público, advogado Luiz Carlos Rezende; e agir com truculência, de forma agressiva e dentro do parlamento ter se utilizado de postura ameaçadora contra eleitor, em 2021.
