O deputado estadual Júlio Campos (União) criticou a ideia de seu colega de parlamento, Max Russi (PSB), de antecipar a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (ALMT), de setembro para julho.

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De acordo com o parlamentar, a mudança provocaria um “esvaziamento” e causaria uma confusão entre os deputados.

“Não tenho sentido um clima tão apropriado porque não há essa necessidade. Uma eleição muito antecipada, nós vamos ficar com um esvaziamento da atual Mesa Diretora, normalmente tendo uma nova Mesa eleita oito meses antes da posse fica uma posição de esvaziamento”, destacou durante entrevista à imprensa nesta quinta-feira (22).

“Você não sabe a quem consultar, se o presidente que está de fato e de direito no cargo ou se é o futuro presidente. Então, acredito que setembro é um bom tempo, não há porque antecipar”, enfatizou.

Júlio comentou que o processo não deve passar tão fácil no parlamento, já que tem a necessidade de ter parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), na qual é presidente, e de maioria dos parlamentares.

“É uma emenda constitucional, tem que ser apresentada com número legal de assinatura, tem que ir para Comissão de Constituição e Justiça para ser analisada a juridicidade, a necessidade de isso ocorrer e depois ir ao plenário para ser votado. Como nós estamos entrando em março, tudo é possível”, destacou.

Russi tem defendido a ideia porque setembro é um mês antes das eleições municipais e muitos deputados estarão, nesse período, focados em ajudar seus aliados que serão candidatos. O socialista vem articulando há anos para ocupar a cadeira da presidência, no entanto, pode encontrar um adversário, já que Júlio Campos declarou que tem interesse em concorrer.