Olhar Direto

Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Cidades

OPERAÇÃO GRAVATAS

Líderes de facção 'monitoraram' viatura da Polícia Civil por meio de advogados, afirma delegado

Líderes de facção 'monitoraram' viatura da Polícia Civil por meio de advogados, afirma delegado
Trabalhos investigativos da Polícia Civil apontam que lideranças da facção Comando Vermelho (CV-MT) recebiam fotos de diligências da Polícia Civil, na cidade de Tapurah (450 km de Cuiabá). Os elementos foram essenciais para que a 5ª Vara Criminal de Sinop (500 km de Cuiabá) autorizasse o cumprimento de 16 ordens judiciais contra quatro advogados e um policial, que culminou na Operação Gravatas, deflagrada na terça-feira (12).


Leia também 
Justiça mantém presos 3 advogados e PM ligados à facção criminosa e determina prisão domiciliar a uma advogada

 As informações foram repassadas pelo delegado Guilherme Pompeo. De acordo com a autoridade policial, o policial militar Leonardo Qualio repassava boletins de ocorrência para os advogados. Os juristas reencaminhavam – em tempo real - os documentos aos líderes do grupo criminoso.
 
“O grupo atuou para embaraçar as atuações policiais, buscar documentos que eles não tinham acesso, o policial militar infelizmente compartilhou dezenas de boletins de ocorrência ilegalmente aos advogados que por sua vez replicavam às lideranças que estão presas”, explicou o delegado à imprensa local.
 
Além de Leonardo, foram alvos da ação policial os advogados: Hingritty Borges Mingotti, Tallis de Lara Evangelista, Roberto Luís de Oliveira e Jéssica Daiane Maróstica. Essa última teve a
prisão preventiva convertida em domiciliar acompanhada de medidas cautelares.
 
“Os faccionados que recebiam o boletim de ocorrência já sabiam em tempo real o que estava acontecendo na rua. Chegou ao ponto de ter a foto da nossa viatura em uma casa e o advogado ter acesso a essas imagens e replicar a essas lideranças”, detalhou.
 
Ao todo foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva, oito quebras de sigilo e oito de busca e apreensão nos municípios de Sinop, Cuiabá, Várzea Grande e Itanhangá.
 
“Quando as pessoas atuam à margem da lei, a investigação é técnica, impessoal. Quem é policial de verdade não se sente bem prendendo um policial militar, mas esse policial passou informações de boletins de ocorrência que são essenciais”, completou Pompeo.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet