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Segunda-feira, 13 de maio de 2024

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APÓS DEPOIMENTO

Policial que matou idoso é cunhado de homem que 'cercava a propriedade', diz advogada

Foto: Reprodução

Policial que matou idoso é cunhado de homem que 'cercava a propriedade', diz advogada
O policial civil da Delegacia de Estelionato Jeovanio Vidal Griebel, suspeito de ter matado o idoso João Antônio Pinto, 87 anos, é cunhado de um homem que estava “fazendo cerca na propriedade da vítima”, localizada no Brasil 21, em Cuiabá. A informação é da advogada Gabriela Zaque, que patrocina a defesa do idoso. A morte é investigada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).


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​A advogada explicou à reportagem que a informação consta no próprio depoimento de Jeovanio. Ela contou que o policial disse que foi à propriedade, no dia 23 de fevereiro, data da morte, depois de receber uma ligação de seu cunhado, identificado como Elmar.
 
Elmar teria relatado a Jeovânio que João teria o ameaçado. Diante disso, o agente teria acionado mais cinco companheiros e ido à propriedade de João. A versão é contestado pela família do dono da propriedade, a qual afirma que o idoso possuía problemas de audição e que não costumava ter esse tipo de atitude.
 
A jurista explicou que o grupo de policiais chegou à propriedade 30 minutos depois da suposta ameaça. Eles teriam informado ao porteiro para não avisar o idoso e entraram no local. João Antônio estava acompanhado de um caseiro.
 
“Os policiais entraram gritando: ‘polícia, polícia’. O caseiro abaixou e gritou para o seu João abaixar. O policial fala que ele se levantou novamente e por isso disparou no peito dele. A versão tem que ser checada, investigada”, disse a advogada.
 
Além de Jeovanio, os policiais que estavam com ele também foram ouvidos. Nesta semana, será a vez de familiares do pecuarista.
 
Filho garante ter sido execução
 
José Antônio Ribeiro Pinto, filho de João Antônio, afirmou durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Invasões, na Assembleia Legislativa (ALMT), na segunda-feira (18), que seu pai foi executado pelos agentes. O pecuarista ainda detalhou que ele e integrantes da sua família foram ameaçados por invasores da sua propriedade, localizada no Contorno Leste, na Capital.

“Meu pai foi assassinado em um pedaço das nossas terras. Estava lá, porque ele estava resistindo. O meu pai jamais se dobrou a esse fato (invasão). É um senhor de 87 anos, labutou a vida inteira, conseguiu tudo com mãos calejadas e inclusive morreu trabalhando. No dia dos fatos, ele chegou lá na propriedade dizendo que havia conhecido o líder da invasão. Pouco tempo depois, a propriedade foi invadida por policiais e o meu pai foi executado”, afirmou José Filho.
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