Alunos do curso de formação do Corpo de Bombeiros Militar relataram, durante diligências da morte do aluno soldado Lucas Veloso Peres, 27 anos, que o capitão Daniel Alves Moura e Silva, conhecido como D. Alves, retirou os equipamentos de flutuação do militar durante o treinamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá. O oficial é tratado como investigado. O auxiliar do capitão prestou depoimento na segunda-feira (18).
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As testemunhas ainda acrescentaram que o oficial teria afastado os “cangas” e deixado Veloso “isolado” na lagoa. No jargão militar, canga se refere aos parceiros do militar, o primeiro a prestar apoio.
Foi após essa “alteração” que Veloso teria sofrido o caldo - expressão popular utilizada para se referir quando o militar mergulha contra a vontade. A versão do “caldo” foi admitida por alunos em grupos de WhatsApp no dia da morte de Veloso. Procuradas, as testemunhas não quiseram falar com a imprensa.
Os depoimentos estão sendo colhidos pelo presidente do Inquérito Policial Militar (IPM), que é presidido pelo coronel Dércio Santos da Silva. Na semana passada, D. Alves prestou depoimentos de mais de três horas na Diretoria de Segurança Contra Incêndio e Pânico (DSCIP), no bairro Porto, em Cuiabá. Por estar em sigilo, os advogados de acusação não repassaram o que foi dito na oitiva.
Auxiliar presta depoimento
Na segunda-feira (18), o auxiliar de D. Alves, o soldado Caíque, prestou depoimento no período da manhã. Ele acompanhava D. Alves e Veloso na lagoa.
Novamente, o inquérito foi acompanhado pelo coronel Dércio e o escrivão, o tenente-coronel Heitor Fernandes da Luz.
