O senador Wellington Fagundes (PL) se esquivou nesta quinta-feira (21) de comentar o racha da sigla em Sinop em meio ao disputadíssimo posto de pré-candidato da legenda à prefeitura da cidade. Até pouco tempo atrás, a empresária e ex-prefeita Rosana Martinelli se colocava como o nome do PL. 

Leia também
Bolsonaro nega acordo com Roberto Dorner e diz que quer Mirtes desfilando ao seu lado em Sinop

Nesta quarta (21), porém, o movimento de Roberto Dorner (atual prefeito) de se filiar ao PL instaurou de vez a crise no Partido Liberal e, ao mesmo tempo, implodiu os planos da candidatura de Rosana e de outros correligionários, como o do vice Dalton Martini - que é rompido com Dorner - e da também empresária Mirtes Grotta. 

Rosana, por exemplo, há cerca de dois meses, mais exatamente no dia 23 de janeiro, fez questão de reforçar numa entrevista que o PL municipal era oposição à gestão de Roberto Dorner. Inclusive, descartou a ida dele para o partido. “O PL de Sinop terá candidato e não será Roberto Dorner”, disse à época. 

Fagundes, ao ser questionado sobre esse racha interno no partido, não quis entrar em detalhes e apenas pontuou que a definição em Sinop fica a cargo do presidente nacional, Valdemar Costa Neto, e do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

“Nós tivemos reunião em Brasília e está muito claro. Sinop é uma cidade polo, extremamente importante para Mato Grosso e para o Brasil. A decisão do PL em Sinop é de responsabilidade do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, junto com o presidente Bolsonaro”, disse. 

Segundo Fagundes, o partido vai buscar fazer a conciliação a partir do que for decidido entre os presidentes do PL. “O importante é dialogar e ganhar eleição. [Cabe] ao presidente Valdemar e ao presidente Bolsonaro a decisão do PL. Cabe, aqui, em Mato Grosso, ao presidente Ananias. Então, eu sou aqui cabo eleitoral”, finalizou. 

Um dia após o prefeito de Sinop, Roberto Dorner, deixar o Republicanos e filiar-se ao PL, o ex-presidente Jair Bolsonaro, presidente de honra da legenda, negou nesta quinta que tenha firmado qualquer acordo no sentido de apoiar o projeto de Dorner à reeleição na Capital do Nortão. ​

Bolsonaro, por outro lado, afirmou que a palavra final sobre candidatura na cidade cabe à cúpula regional da sigla, aos deputados estaduais e federais e fez questão de pontuar que quer a empresária Mirtes Grotta desfilando ao seu lado pelas ruas de Sinop no próximo dia 9. O nome dela era cotado para concorrer à prefeitura municipal em caso de desistência de Rosana Martinelli