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COMOÇÃO

Após morte de bebê, DHPP recebe "onda" de denúncias de maus tratos em creche de VG

23 Abr 2024 - 17:31

Da Redação - Mayara Campos / Do Local - Luis Vinicius

Foto: Reprodução

Após morte de bebê, DHPP recebe
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa recebeu dezenas de denúncias, várias delas registrados formalmente, por meio de canais oficiais, sobre outros relatos de maus tratos na creche Espaço Criança Feliz, em Várzea Grande, local onde ocorreu a morte do pequeno Vicente Camargo, de cinco meses, no dia 17 de abril.


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De acordo com o delegado Marlon Luz, responsável pelas investigações, as denúncias ocorrem após o caso gerar comoção na sociedade.

“A gente recebeu dezenas de relatos de mães que seus filhos foram lesionados na creche em si, é claro que não podemos tomar isso como uma verdade nesse momento, mas a contextualização do fato é até propícia em razão da comoção que gerou. Encoraja as mães a falar, elas se sentem no lugar da mãe que perdeu o bebê”, disse à imprensa nesta quarta-feira (23).

Além das denúncias formais, também foram enviados prints de conversas e fotos de supostos casos de lesões em crianças na creche. No entanto, Marlon reforça que o inquérito ainda está em fase inicial e aguarda a conclusão do laudo de necropsia, que trará informações oficiais sobre a morte de Vicente, dando continuidade ou não da apuração sobre os fatos que levaram ao óbito do bebê.

O delegado ainda afirma que as denúncias não possuem ligação direta com o caso, no entanto, podem servir como objeto de investigação para verificar como a creche funcionava.  

Como noticiado pelo Olhar Direto, a creche alega que o bebê faleceu após ter passado mal logo depois de ser amamentado. Funcionários do berçário relataram que o encontraram desacordado e com sinais de vômito.

A família do menino, contudo, não acredita nesta versão, tendo em vista que o atestado de óbito do hospital Santa Rita, para onde o menino foi levado, apontou que Vicente faleceu após sofrer traumatismo cranioencefálico produzido por instrumento contundente.

A creche funcionava sem autorização, segundo o Conselho Municipal de Educação (CME) de VG, órgão responsável por emitir documentos do tipo. A unidade está fechada desde quarta.

Segundo o conselho, o processo exige que as solicitações sejam feitas quatro meses antes da abertura da unidade e para acionar o CME, é necessário primeiro se cadastrar no INEP do Governo Federal para então solicitar a autorização do Conselho Municipal.

Em entrevista a reportagem na semana passada, a defesa da creche, Luís Neto garantiu que o espaço onde Vicente morreu pode funcionar. O advogado afirmou que a regularização das pendências indicadas pelo conselho está em trâmite e explicou que a unidade não tinha apenas a autorização junto ao órgão, mas possui alvará de funcionamento emitido este ano.

Ainda na segunda-feira, duas funcionárias do estabelecimento prestaram depoimento sobre o caso na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o delegado, as mulheres negaram o crime.
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