Em rota de colisão com o deputado federal Abílio Brunini (PL), o deputado estadual Elizeu Nascimento (PL) garantiu que não pretende pedir sua desfiliação do PL. Ele afirmou que só deixa a legenda em caso de expulsão e que, se for expulso, outros filiados, como o próprio Abílio, terão que ser retirados dos quadros, por não apoiarem pré-candidatos a prefeito do partido.

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A rusga entre Abílio e Elizeu ficou evidente com o fato de o o pré-candidato a prefeito de Cuiabá, presidente do PL na capital, ter vetado a filiação do irmão do deputado estadual, o vereador Cezinha Nascimento, filiado no União Brasil e integrante da base de apoio do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) até semanas atrás, quando foi enquadrado pelo diretório municipal da sua sigla.

Com o veto, Elizeu não poupou críticas a Abílio e acabou sendo alvo de ataques do deputado, que criticou o correligionário pelo eventual apoio ao presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), mesmo com o fato de o PL ter pré-candidato próprio: o próprio Abílio.

Após ter sua desfiliação ventilada nos bastidores, Elizeu disse ter se reunido com o presidente regional do PL, Ananias Filho, que teria sugerido ao parlamentar elaborar uma carta pedindo sua saída dos quadros da agremiação, já que não pretende apoiar Abílio e Cuiabá.

Elizeu disse que não pretende pedir para sair e que, caso não seja bem-vindo do partido, o próprio diretório determine sua desfiliação. Sob o risco de expulsão por ‘rebeldia’, pontuou que se for o caso, outros deputados também teriam que deixar o PL, por apoiarem outros nomes em municípios mato-grossenses. O caso mais emblemático é em Sinop (500 Km de Cuiabá), onde Abílio e o deputado estadual Gilberto Cattani se negam a apoiar a reeleição de Roberto Dorner, que se filiou durante a janela partidária – os parlamentares defendem o nome de Mirtes Grotti, que se filiou ao Novo.

“Conversei com o presidente ontem e questionei qual comportamento errado da minha parte. Sugeriu que elaborasse uma carta de anuência e eu disse que se existe alguém que queira dar carta de anuência, que seja o partido. Daí eu analiso a saída, mas não vou pedir para sair. Vários partidos têm me procurado, mas não tenho pretensão de deixar o PL. Não vou tomar nenhuma decisão no afogadilho”, disse.

“Se me expulsar, tem que expulsar o Abílio e outros deputados que não vão apoiar candidatos do PL em Mato Grosso”, acrescentou.