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Notícias | Cidades

Caso John Lennon

Criança some misteriosamente de um abrigo da prefeitura em Barra

02 Nov 2009 - 18:08

De Barra do Garças - Ronaldo Couto - Especial para o Olhar Direto

O mistério persiste sobre o desaparecimento de um garoto de 6 anos do abrigo da prefeitura de Barra do Garças. John Lennon de Oliveira sumiu no dia 9 de julho e até hoje a família não sabe se o menino foi raptado ou o que pode ter acontecido com ele.


Em quatro meses, o caso virou também um tabu em Barra do Garças, onde autoridades e segmentos da imprensa local ignoram o assunto porque envolve a prefeitura na qualidade de responsável pelo abrigo denominado Casa Crisálida.

O abrigo é mantido pelo município para atender crianças e adolescentes desamparados ou com problemas familiares. John Lennon estava no abrigo porque a mãe Elis Regina de Oliveira, 24 anos, perdera a sua guarda no final do ano passado, por tê-lo deixado sozinho em casa, sendo que houve um incêndio num lote vizinho.

Hoje, a mãe chora o fato, mas condena o Estado. “Eles me tiraram a criança alegando que corria risco, mas o Estado sumiu com ele”, dispara. Elis disse que o filho não corria risco de morte quando houve o incêndio e de que mesmo sendo pobre ela estava cuidando melhor da criança do que o município na casa de apoio.

A avó da criança, Daria Márcia de Oliveira, 54 anos, é outra indignada com a situação e pede resposta para o caso. O delegado municipal, Adilson Gonçalves, informou que a polícia já investigou todas as pistas possíveis, mas sem descobrir o que realmente aconteceu. “É um caso complicado porque não temos como afirmar se a criança está viva ou morta, mesmo porque não foi encontrado o corpo", afirmou o delegado.

No dia do sumiço, John tomou café de manhã e foi visto pela última vez por volta das 10 horas. Na hora do almoço, as funcionárias deram falta dele. Especula-se que ele pode ter sido "retirado" de dentro da casa, mas não se sabe por quem e com qual objetivo. A família não quer acreditar que o menino esteja morto e pede pelo amor de Deus se alguém viu ou sabe de alguma coisa se manifeste (veja a foto do garoto).

O medo da família é com relação a casos absurdos de roubos de órgãos humanos, pelos quais crianças são sacrificadas. "Eu quero meu filho, nem que seja o corpo dele" diz a mãe.

A polícia pediu apoio aos bombeiros e soldados do Exército que reviraram um poço e uma mata no fundo do abrigo, durante um mês, sem encontrar vestígio da criança. O abrigo foi condenado pelo Ministério Público porque não oferece segurança às crianças.

O promotor Luiz Fernando Pepino propôs que a casa de apoio da prefeitura fosse retirada daquele lugar para o centro, como era na gestão passada, conforme padrões do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

O assunto virou até debate político porque o ex-prefeito Chaparral mantinha a casa de apoio no centro, mas o atual prefeito Wanderlei Farias, por contenção de despesas, transferiu o abrigo para o bairro Recanto das Acácias, aproveitando a sede abandonada de uma escola. “Um abrigo de crianças tem que ter aspecto de casa e não de colégio. O certo era mudá-lo”, disse o promotor antes de sua transferência. Todavia a secretária de Ação Social, Laura Beatriz, responsável pela casa, ignora o assunto e mantém o abrigo no mesmo lugar onde antes funcionava a escola.

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