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criadouro do mosquito

Construção alagada deixa vizinhos preocupados por causa da dengue

30 Nov 2009 - 18:46

Da Redação - Lucas Bólico e Sabrina Gahyva

Uma construção na esquina da rua Brigadeiro Eduardo Gomes com a avenida Presidente Marques, em Cuiabá, está preocupando os moradores do bairro Goiabeiras. Isso porque uma escavação feita na obra está acumulando água de chuva e pode transformar-se em um criadouro do mosquito da dengue.

 
“É preciso tomar providências, é questão de saúde pública. Um risco para nós que moramos perto e também para os trabalhadores e clientes do local”, dizia trecho da denúncia enviada por um internauta à sessão “Eu Repórter” do site Olhar Direto.

Após receber a reclamação do leitor, a reportagem procurou o proprietário da construção, Raimundo Bona. Na ocasião, o empresário negou que houvesse água parada em sua obra, mesmo com indicação contrária das fotografias tiradas na mesma data (veja abaixo) . “Não tem o que fazer, infelizmente estamos em um período de chuva”, disse.

O proprietário garantiu que rotineiramente a empresa responsável pela obra retira a água do local. “Ter água acumulada é ruim para mim também, porque não podemos trabalhar”, explicou.

De fato, quando a reportagem fotografou o local na segunda-feira (23), um caminhão que drena água estava estacionado nas proximidades, porém ele foi embora e deixou a “cratera” alagada. Hoje (30), o site recebeu mais uma vez denúncia de água acumulada na obra. “Isso é falta de respeito, falar uma coisa e fazer outra. Espero que haja bom senso”, disse o leitor que preferiu não se identificar.

Segundo Alessandra da Costa Carvalho, coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Cuiabá, o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, se reproduz preferencialmente em águas limpas e translúcidas, mas também pode se reproduzir em água suja e barrosa, como a denunciada pelos internautas do Olhar Direto. “Já existem casos de criadouro de mosquito em água suja no Nordeste brasileiro e até no interior de Mato Grosso, mas em Cuiabá até hoje nunca foi encontrado”, explica.

Para frear o aumento dos casos da doença na capital, Alessandra conta que agentes do município fazem visitas domiciliares para instruir os moradores desde 1986. Hoje são 273 mil funcionários que vão de casa em casa por toda a cidade para combater os criadouros do mosquito.

Durante o período chuvoso é fundamental conscientizar as pessoas de que combater o mosquito, além de responsabilidade dos órgãos governamentais que deveriam encarregar-se do saneamento básico, abastecimento de água e de campanhas educativas permanentes, requer empenho de toda a sociedade, uma vez que o Aedes aegypti pode encontrar, em cada moradia e arredores, ambiente propício para sua proliferação.

Faça parte você também da luta contra a dengue. Confira algumas medidas elementares para auxiliar na erradicação do Aedes aegypti:

• Vasos de flores ou plantas – a vasilha que fica sob o vaso para recolher a água excedente deve ser mantida seca. Uma boa medida é enchê-la com areia até a borda. A água dos vasos com flores deve ser trocada a cada 2 ou 3 dias;

• Pneus velhos – devem ser furados para eliminar a água que eventualmente se acumule, guardados em lugar coberto ou jogados fora;

• Caixas d'água – devem ser lavadas periodicamente e tampadas durante todo o tempo;
• Piscinas – o cloro da água das piscinas deve estar sempre no nível adequado;

• Garrafas vazias – devem ser guardadas de cabeça para baixo, em lugares cobertos e as tampas jogadas fora em sacos de lixo;

• Recipientes descartáveis (copos, pratos, travessas, etc.) – devem ser colocados em sacos de lixo para serem recolhidos pelos lixeiros;

• Lixo – nunca deve ser jogado em terrenos baldios, ou nas ruas e calçadas; além disso, as latas de lixo devem estar sempre tampadas e limpas;

• Bebedouros de animais – precisam ser lavados e a água trocada sistematicamente;

• Depósitos de água – quaisquer que sejam os tipos e a finalidade a que se destinam, se não for possível prescindir deles, devem ser mantidos limpos e tampados com segurança;

• Bromélias – algumas plantas armazenam água entre suas folhas e podem tornar-se eventuais criadouros dos mosquitos. Entre elas, destacam-se as bromélias cujo cultivo é comum nos jardins e residências. Eliminá-las não resolveria o problema da dengue e poderia afetar o equilíbrio ecológico.
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