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Sábado, 27 de abril de 2024

Notícias | Cultura

Carnaval de Porto Esperidião terá oficinas de artesanato

Interface entre pesquisa e extensão. Essa é a tônica do projeto “Oficinas de Artesanato Chiquitano: Intercâmbio de Gerações”, desenvolvido junto ao mestrado em Política Social da UFMT, sob chancela financeira da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). O projeto prevê atividades práticas de resgate cultural, como oficinas de potes de cerâmica e redes de dormir, além de workshop musical e mini-curso no período de 12 a 16 de fevereiro, quando o município celebra o ritual do Curussé – carro-chefe da cultura indígena dos ocupantes da fronteira Brasil-Bolívia. “O objetivo desse projeto de extensão é a promoção da cidadania e da auto-estima dos Chiquitano e seus descendentes locais, através do resgate de suas tradições culturais, de modo que, futuramente, essa alternativa possa inclusive, fomentado por políticas públicas, oportunizar um meio de geração de incremento da renda familiar dos participantes das oficinas”, explica o jornalista José Luiz de Sá, autor da pesquisa de mestrado que deu origem ao projeto aprovado pela Fapemat.


Sua realização vem sendo implementada através do Grupo de Pesquisa “Política Social, Direitos Sociais e Serviço Social”, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Política Social da UFMT. Para a coordenadora do projeto, professora Drª Erivã Garcia Velasco, este projete permite debater, por meio de atividades como essas, saberes de populações específicas não apenas como resgate de práticas culturais simbólicas, mas implica em, sobretudo, pensar como as políticas públicas podem favorecer ações a partir dos interesses e necessidades de populações tradicionalmente alijadas do processo de desenvolvimento econômico, político e cultural. “Conhecer e possibilitar o intercâmbio de saberes tradicionais da cultura dos Chiquitano, de origens seculares, relacionados à produção de artesanato e gastronomia, bem como a divulgação desses produtos, no Brasil e no estado, pode funcionar inclusive como fonte de reconhecimento de identidade, afirmando valores, como também de geração de renda, de forma que a cidadania com autonomia dessas populações torne-se realidade”, esclarece a pesquisadora.

Os participantes das oficinas e especialmente do mini-curso sobre “Políticas Públicas, Direito e Cidadania” serão desde o artesão do município, aos gestores e técnicos de políticas públicas e sociais, representantes de entidades não-governamentais, lideranças de movimentos associativos e sociais. “É um projeto de pequeno porte, mas estimulador de algo que sinaliza como ainda podemos caminhar muito no país e em nosso estado no atendimento de demandas sociais dos povos indígenas”, frisa a coordenadora do projeto, ministrante do mini-curso.

DIVULGAÇÃO DA CULTURA LOCAL - Todas as peças produzidas serão destinadas à divulgação da cultura dos Chiquitano, através de exposições em acervos de museus e eventos antropológicos, no Brasil e exterior. Além disso, A Secretaria Municipal de Cultura do Porto Esperidião, também vai estar empenhada na divulgação das redes feitas em tear e dos potes de barro, tendo parceria da Associação de Artesanato local, sob direção da artesã Luciana Balbino.
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