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Sábado, 27 de abril de 2024

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PF recebe mandado e Arruda é preso em sala reservada para chefes de Estado

A Polícia Federal recebeu no início da noite desta quinta-feira o mandado de prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido). O governador já está na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde se apresentou espontaneamente.


Arruda ficará em uma sala especial de cerca de 20 metros que a PF chama de Sala de Estado Maior, com as mesmas prerrogativas válidas para chefes de Estado-Maior das Forças Armadas, previstas em lei.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) aceitou hoje o pedido de prisão do governador e mais cinco pessoas por envolvimento na tentativa de suborno do jornalista Edson dos Santos, o Sombra. O STJ decidiu ainda pelo afastamento de Arruda do governo do DF.

Além de Arruda, o STJ determinou a prisão do ex-deputado Geraldo Naves (DEM); Weligton Moraes, ex-secretário de Comunicação; Rodrigo Arantes, sobrinho do governador; Haroaldo Brasil de Carvalho, diretor da CEB (Companhia Energética de Brasília); e Antonio Bento da Silva, conselheiro do Metrô. Silva, no entanto, já está preso.

A Polícia Federal prendeu, na semana passada, o conselheiro do Metrô. No momento da prisão, ele entregava R$ 200 mil a Sombra. Silva está no presídio da Papuda, em Brasília.

Arruda se entregou na tarde de hoje à PF. Dois advogados do governador, José Gerardo Grossi e José Eduardo Alckmin, estão na sede da PF, além do secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga. Eles não falaram com a imprensa.

O ministro Fernando Gonçalves aceitou pedido da subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a Corte do tribunal foi convocada para analisar a decisão de Gonçalves, relator do inquérito que investiga o suposto esquema de corrupção no GDF (Governo do Distrito Federal).

O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra o governador e mais cinco pessoas por formação de quadrilha e corrupção de testemunha. "Se não é possível fazer conclusões nesse atual estágio [...] por outro lado é inconteste que a presença do governador está ligada aos recentes eventos e tem gerado instabilidade na ordem publica da cidade. A única forma de se fazer cessar é decreto de prisão preventiva", disse o relator do caso no STJ.

Suborno

Segundo Sombra, o dinheiro seria a primeira parcela de um suborno de R$ 1 milhão em troca de um pacote de serviços que incluía uma declaração afirmando que os vídeos que mostram políticos de Brasília recebendo dinheiro de suposta propina foram manipulados por Durval Barbosa, delator do esquema.

Em depoimento à Polícia Federal, Sombra disse que, além de Silva, Naves e Weligton foram interlocutores do governador na tentativa de suborno.

O jornalista ainda entregou aos policiais um bilhete que teria sido escrito por Arruda como prova de que estaria envolvido na negociação de suborno.

"Fora Arruda"

Integrantes do movimento "Fora Arruda" compareceram à sede da PF para comemorar a prisão do governador.

Os manifestantes fizeram provações aos assessores e aliados de Arruda, mas a situação na porta da PF é pacífica. A Polícia Militar faz a segurança no local e monitora o trânsito na região.

Eles devem continuar o protesto na frente do STF (Supremo Tribunal Federal), que irá julgar um pedido de habeas corpus em favor de Arruda.
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