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Sábado, 04 de maio de 2024

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PF apreende documentos em sedes do governo do DF e em 12 residências

A ação deflagrada pela Polícia Federal neste sábado (13) para cumprir mandados de busca e apreensão em torno da Operação Caixa de Pandora teve como alvo o Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal, conhecido como Buritinga, e o Palácio do Buriti, sede oficial do governo. Foram cumpridos quatro mandados em cada um desses dois endereços.


A operação mobilizou 15 equipes da PF e recolheu documentos, arquivos de computador, além de R$ 1 mil em um dos endereços e US$ 2,6 mil, em outro.

As buscas foram autorizadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Fernando Gonçalves, que preside o inquérito do mensalão do DEM de Brasília. Além dos endereços oficiais, os agentes recolheram documentos e computadores em 12 residências de suspeitos. Um mandado também foi cumprido em uma central de serviços à população mantida pelo governo do DF. Os endereços e a lista dos envolvidos não foram reveladas pela PF.

Ao todo 21 mandados foram cumpridos na operação que começou 7h e só foi terminar por volta das 15h. Mais cedo, a PF havia divulgado o cumprimento de 19 mandados.

Os agentes também confirmam que o policial civil aposentado Marcelo Toledo foi um dos alvos da operação deflagrada no começo da manhã. O policial é um dos envolvidos no mensalão do DEM de Brasília.

A Operação Caixa de Pandora foi deflagrada pela PF no dia 27 de novembro 2009 e investiga o esquema de corrupção supostamente articulado pelo governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM).

Os documentos apreendidos nessa época deram corpo ao inquérito que tramita no STJ, sob o comando do ministro Fernando Gonçalves.

Foi o magistrado que recomendou a prisão do governador Arruda e de outros quatro envolvidos em uma suposta tentativa de suborno a uma testemunha do escândalo, na última quinta-feira (11).

Arruda está preso na sede da PF, em Brasília, enquanto os outros envolvidos, o sobrinho dele Rodrigo Arantes, o ex-secretário de Comunicação do DF Welligton Moraes, o ex-diretor da Companhia Brasileira de Energia (CEB) Haroaldo Brasil e o ex-deputado distrital Geraldo Naves (DEM), já foram transferidos para o presídio da Papuda. Todo se apresentaram à PF entre a noite de quinta e sexta-feira.

Suborno

Arruda foi preso por ser o suposto articulador de uma tentativa de suborno ao jornalista Edson Sombra, no dia 4 de fevereiro. Um dos emissários de Arruda, o conselheiro do metrô do DF Antonio Bento da Silva foi flagrado pela PF quando entregava uma sacola com R$ 200 mil a Sombra. Um bilhete escrito por Arruda e entregue a Naves seria a prova que ligaria o governador à proposta de suborno.

Segundo o ministro Fernando Gonçalves, presidente do inquérito do mensalão do DEM, a prisão do governador foi necessária diante das evidências de que ele teria tentado corromper uma testemunha. Ele argumentou ainda que Arruda deve ser afastado porque a permanência dele no governo atrapalharia as investigações.

Além de determinar a prisão de Arruda, a decisão do STJ estipulou o afastamento do governador do cargo. O vice-governador Paulo Octávio (DEM) assumiu o cargo interinamente. Octávio também é suspeito de participar do suposto pagamento de propina que envolve o governador, deputados distritais, empresários e integrantes do governo do DF.

Arruda

Desde os primeiros instantes de prisão, Arruda acionou uma equipe de advogados para tentar reveter a decisão que o privou da liberdade. Ainda na noite de quinta, os defensores do governador protocolaram um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a soltura.

Na tarde desta sexta-feira (12), depois de analisar os argumentos, o ministro Marco Aurélio Mello negou o pedido e manteve Arruda preso. A decisão final sobre o recurso ficará a cargo do plenário do STF, que deve se reunir apenas depois do carnaval.

Arruda já recebeu visitas da mulher dele, Flávia, de secretários de governo e deputados aliados. Eles relataram ter encontrado um governador "abatido" e em situação "humilhante".

O governador do DF teria passado a primeira noite na cadeira em claro. Para passar as horas, segundo os advogados, ele estaria se dedicando aos livros.
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