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Domingo, 05 de maio de 2024

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Brasil e UE negociarão acordo com Mercosul

O Brasil e a União Europeia (UE) realizarão nesta segunda-feira em Madri uma reunião ministerial que abordará, entre os assuntos, o eventual relançamento das negociações de um acordo comercial entre a UE e o Mercosul.


O chanceler brasileiro, Celso Amorim, será um dos participantes da reunião. Ele disse no último dia 5 que há "vontade política" do Mercosul para um "acordo possível" com a UE que supere as posições dogmáticas que paralisaram as negociações entre os dois blocos.

Segundo fontes da Embaixada brasileira em Madri, "a Espanha está atualmente na Presidência da UE e temos pendentes negociações de um acordo de associação Mercosul-UE. Este é certamente um tema da agenda (da reunião de segunda-feira)".

A reunião representará mais um passo para "o aprofundamento das relações entre a América Latina e a Europa", afirma Juan Carlos Sánchez, diretor-geral de política externa para a região ibero-americana do Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha.

O ministro de Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos, representando a Presidência rotativa da UE exercida pela Espanha neste semestre, será o anfitrião do encontro. Também estará presente a Alta Representante para Política Externa e de Segurança Comum da UE, Katherine Ashton.

Um dos pontos principais da reunião será o possível reatamento das negociações para um acordo comercial entre a UE e o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e com a Venezuela em processo de adesão), disse Sánchez em entrevista à imprensa.

Essas negociações foram paralisadas em 2004, mas o Governo espanhol faz esforços para que as duas partes retomem o diálogo que se caracteriza como complexo, especialmente na área agrícola.

"No âmbito político, há uma melhor disposição de todos", assegurou Sánchez, ao ressaltar que a Presidência espanhola da UE trabalha para "ressuscitar" as negociações.

Os ministros também discutirão sobre a reconstrução no Haiti após o terremoto que devastou o país no dia 12 de janeiro. O novo Governo de Honduras e os preparativos da cúpula União Europeia-América Latina, serão outros assuntos em pauta.

Também serão discutidos os processos de integração regional como a União de Nações Sul-americanas (Unasul), que o Brasil tenta impulsionar.

Além disso, serão abordados os seguintes temas: a luta contra a mudança climática, o programa nuclear do Irã, a situação no Oriente Médio, a próxima cúpula do G20 (países ricos e economias emergentes), prevista para finais de ano, e o Fórum da Aliança de Civilizações da ONU, a ser realizado em maio no Brasil.

A reunião faz parte do diálogo político de alto nível previsto na Associação Estratégica criada em Lisboa em 4 de julho de 2007, quando foi realizada a primeira cúpula bilateral.

Dessa maneira, a UE reconheceu "a especial importância" do Brasil, que "mais que uma potência emergente, já é uma autêntica realidade global", segundo Juan Carlos Sánchez.

A União Europeia é o maior parceiro comercial do Brasil e o maior investidor no país sul-americano, pois as relações comerciais com a UE representam 22,5 % de todo o comércio exterior brasileiro, segundo dados oficiais.

A segunda cúpula entre a União Europeia e o Brasil foi celebrada no Rio de Janeiro em 2008 e a terceira ocorreu em outubro passado, em Estocolmo. A quarta será realizada neste ano sob a próxima Presidência da UE, a ser assumida pela Bélgica.
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