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Domingo, 19 de maio de 2024

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Taxistas recusam corridas e abusam dos preços em Salvador

Enquanto o Carnaval agita o sangue dos foliões dentro do circuito Barra/Ondina, orla de Salvador, fora dele, o sangue ferve por outro motivo. Chegar em casa se tornou sinônimo de estresse e decepção. O problema é que soteropolitanos e turistas precisam implorar para que taxistas façam as corridas. Isso sem falar na falta de educação de alguns e no valor abusivo das tarifas cobradas.


No início do mês de fevereiro, a prefeitura de Salvador divulgou uma tabela com preços fixos para cobrança das corridas, entretanto, muitos taxistas alegam que preferem negociar diretamente com o cliente, pois a tabela nem sempre está correta. "Nessa tabela tem preço quase 20% maior que o cobrado quando a gente roda na bandeira dois", afirma o taxista José dos Santos, 50 anos, que trabalha no circuito nas noites de Carnaval.

Apesar do argumento, muitos moradores e turistas estão se sentindo lesados. Quem precisa se deslocar do circuito à noite tem dificuldades em encontrar um preço justo ou até mesmo pagar pelo valor do taxímetro.

Para um grupo de turistas de São Paulo, que está hospedado num hotel no bairro da Pituba, em Salvador, a cobrança ficou entre R$ 50 e R$ 80. "É a segunda vez que venho curtir o Carnaval e acho muito injusto pagar os valores que estão me cobrando, prefiro ir andando", diz Ana Angélica, 27 anos, uma das turistas do grupo.

Já a soteropolitana, Avani Lisboa, 56 anos, não teve tempo de negociar. "Quando entrei no táxi e informei que a corrida seria para Cardeal da Silva, ele me disse que não faria. Fui obrigada a descer do carro imediatamente", reclama. Caso fizesse a corrida o motorista levaria cerca de sete minutos, considerando o congestionamento, pois o bairro onde mora a dona de casa fica a aproximadamente dois quilômetros do circuito. "Eu acho que deveríamos ser tratados melhor por todos eles, afinal, eles são prestadores de serviço da população e nós pagamos por isso", afirma.

Embora a maioria reclame, ainda há quem defenda. "Eu acho justo que eles (motoristas) não queiram fazer corridas para perto. É preciso lembrar que eles ficam horas numa fila para pegar uma corrida que vai render R$ 5 ou R$ 8", diz o estudante Lucas de Morais.

De acordo com a Transalvador, o problema está sendo resolvido. Pouco mais de 2 mil taxistas já forma abordados, desde o início do Carnaval, ocorrendo 13 apreensões por recusa de passageiro e 115 notificações diversas. Para reclamações, sugestões e elogios, a prefeitura de Salvador disponibilizou o serviço 24h do Salvador Atende, através do número 156.


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