A partida da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, da Arábia Saudita --última parada de sua viagem de três dias pelo golfo Pérsico-- sofreu um atraso nesta terça-feira devido a um problema mecânico em seu avião.
Hillary explicou à imprensa que um grave problema de válvula deixou a aeronave que a levaria de volta para os Estados Unidos na pista do aeoporto.
No entanto, ela não passará mais uma noite na Arábia Saudita e retornará, acompanhada dos assessores mais próximos de sua comitiva, no avião do general David Petraeus.
Comandante das forças americanas no Iraque e no Afeganistão, Petraeus também estava na Arábia Saudita para uma reunião com os governantes do país.
O principal objetivo da viagem oficial de Hillary era o apoio para a implantação de sanções para que o Irã desista do enriquecimento de urânio, o tema mais controverso de seu programa nuclear.
Na visita pelo Qatar e Arábia Saudita, a secretária de Estado defendeu que os países vizinhos têm motivos para se preocupar com as ambições iranianas, e usou um tom extremamente duro contra Teerã, que causou respostas igualmente duras do governo iraniano.
Nesta segunda-feira, ela afirmou que o país está se tornando uma ditadura militar e que as instituições civis e lideranças religiosas estão sendo substituídas pela Guarda Revolucionária.
Hillary afirmou, contudo, que os Estados Unidos não têm planos de usar a força contra o Irã, e que tentam, ao contrário, reforçar as pressões internacionais sobre o governo iraniano através do Conselho de Segurança.
Em resposta, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que seu país "não leva a sério" as declarações de Hillary.