As exportações do agronegócio atingiram a marca recorde de 42% de tudo que foi exportado pelo Brasil em 2009. A informação é do ministro da Agricultura Reinhold Stephanes. Segundo ele, essa é a maior participação do setor na exportação brasileira em mais de 30 anos.

Entretanto, o alto percentual de exportações do agronegócio não é fruto de um aumento de produtividade do setor, mas sim do déficit de consumo de produtos manufaturados e semimanufaturados. "Não é que as vendas do agronegócio subiram, mas que as exportações de outros setores caíram mais por conta da crise financeira. Com isso, a participação relativa do agronegócio na pauta exportadora brasileira aumentou", disse Stephanes.

Segundo o ministro, neste ano a participação relativa das exportações do agronegócio deve cair por conta da recuperação dos outros setores. Para 2010, a expectativa do é de que as exportações do agronegócio aumentem quase US$ 10 bilhões somente por conta das negociações sobre barreiras sanitáiras e fitossanitárias impostas a produtos brasileiros.

"Já estamos bastante adiantados em negociações. São mercados onde achamos que podemos ingressar no curto prazo. As negociações já estão em estágio avançado. As negociações tem sido tão intensas. É provável [que terminem no curto prazo]. Isso já se sente", afirmou o ministro.

Para isso, estão previstas 19 missões de negociação sanitária e fitossanitária para 25 países. Dentre eles, estão Japão, Coreia do Sul, Filipinas, África do Sul, Colômbia, China, Argentina e Uruguai, entre outros. Os produtos alvo da negociação são carne bovina, suína, soja, manga, maçã e uva.

Além disso, o governo também pretende, segundo o Ministério da Agricultura, realizar outras 12 missões comerciais de promoção dos produtos brasileiros no exterior para 15 países. Entre eles, estão a China, Rússia, Estados Unidos e África do Sul.

Em 2009, segundo números do Ministério da Agricultura, as vendas externas do agronegócio brasileiro somaram US$ 65,8 bilhões, com queda de 9,8% frente ao ano de 2008 (US$ 71,8 bilhões).

O recuo foi reflexo, principalmente, da queda dos preços, uma vez que, em termos de quantidade, a diminuição nas vendas externas, no ano passado, foi de apenas 0,4%. Com informações do G1.