Após 126 dias, o horário de verão chega ao fim à meia noite do próximo domingo, dia 21, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Muita gente aprova o horário novo porque ele aumenta o período do dia para o lazer e à prática de esportes. Mas tem quem reprove a idéia, principalmente quem precisa acordar muito cedo.

Se depender do deputado Valdir Colatto (PMDB/SC), os ponteiros dos relógios não serão adiantados porque, segundo ele, a medida não traz benefícios. “A redução do consumo de energia é pouca e quem sofre com o horário de verão são as pessoas que quebram suas rotinas, têm desgastes físicos e outras perturbações no organismo por conta da mudança do horário. Depois que termina, resta a população se acostumar com o horário antigo”, ressaltou.

O objetivo do Governo Federal com a implantação do horário de verão é gerar economia de cerca de R$ 30 milhões. Contrário à medida instituída no país, Colatto é autor do Projeto de Lei 397/2007 que defende o fim do Horário de Verão. Para Colatto, “não há estatística que justifique que essa medida traga ganhos”.
 
Ainda segundo o parlamentar, os mais prejudicados são os trabalhadores rurais. “Eles acordam às 4 horas da manhã para tirar o leite, sem contar às crianças, filhos desses agricultores, que saem do interior para ir à escola e percorrem vários quilômetros quase de madrugada”.
 
parlamentar destaca que para comprovar a ineficácia do horário de verão basta verificar as faturas de energia elétrica e ver o quanto as pessoas gastam a mais neste período.

Colatto defende que uma das medidas que possam solucionar o alto consumo de energia é o desenvolvimento de ações permanentes do Governo para orientar e educar a população brasileira sobre o uso consciente de energia nos horários de pico, entre 18h30 e 21h30. O deputado afirma que continuará defendendo em Brasília que o Horário de Verão seja extinto no país. A matéria está na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

O horário de verão começou no dia 18 de outubro e representou uma economia de 0,77% em Mato Grosso. Esse percentual equivale a 17.075,07 MWh, energia suficiente para, por exemplo, abastecer Chapada dos Guimarães durante 10 meses, segundo dados divulgados pela Rede Cemat.