O conselheiro Ives Gandra, relator do Processo de Controle Administrativo (PCA), em suas considerações preliminares, após a apresentação das teses dos advogados de defesa dos magistrados de Mato Grosso, acusados de desvio de recursos e de recebimento ilegal de créditos, reafirmou que houve sim um esquema montado de desvio de verbas para socorrer uma loja maçônica.

Sustentou ainda Gandra que a materialidade das provas não levavam a outra conclusão, tanto do controle interno do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), quanto da auditoria externa, senão a que foi engedrado um esquema para desviar recursos do Departamento de Pagamento dos Magistrados para socorrer maçons lesados com a quebra da Sicoob - Pantanal.

"Me conforta afirmar que não estamos julgando ainda casos de corrupção ou de venda de sentença, mas sim de atos juridicionais, falta de ética, a falta de dignidade e de decoro dos magistrados", ponderou Gandra, frisando que a tese dos advogados de defesa não pode ser aceita.

Segundo Gandra, as irregularidades foram sim perpertadas e isso está claro até nos depoimentos dos próprios magistrados. "Uma das magistradas, sob forte pressão, deu um depoimento para a Corregedoria e outro para o CNJ totalmente inverossímel", salientou o conselheiro.

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