Em visita a Cuiabá nesta terça-feira (23), a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à Presidência da República, Dilma Roussef (PT), também conhecida como “mãe” do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), afirmou que o Programa na capital de Mato Grosso não deve estar com o projeto “completamente em dia”, o que justifica as obras paralisadas.
Em entrevista coletiva após assinar convênio com o governo do Estado para execução do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, a ministra ressaltou que o PAC vai bem na maior parte do Brasil. “Dos R$ 600 bilhões previstos, já conseguimos aplicar R$ 400 bi”, exemplifica.
Sem querer polemizar, Rousseff pontuou que vários motivos levam ao atraso de algumas das obras, como problemas na elaboração e execução dos projetos e gestão. “Enfim, são mil e um motivos”, acrescenta.
Dilma, após concordar que existem problemas na gestão do Programa na capital, afirmou que acha “perfeitamente possível a prefeitura tomar as medidas cabíveis e continuar com as obras”. Para ela, a questão só depende dos esforços da administração municipal.
A petista alerta para a necessidade, no geral, de melhorar principalmente a transparência no processo todo, desde repasse de recursos até conclusão das obras. E, apesar de ter sido uma declaração geral para todo e qualquer processo, não deixa de ser um recado especial ao Programa em Cuiabá, que foi parar na justiça exatamente por falta de clareza e suspeitas de fraudes no processo licitatório.
Na iminência do Governo Federal lançar o PAC 2, a ministra foi questionada se locais com problemas no primeiro programa, como Cuiabá e Várzea Grande, seriam “punidos”, não recebendo recursos novamente.
“Há rigor em todos os municípios e não podemos tratá-los de maneira diferenciada. Não podemos deixar de contemplar municípios por conta de irregularidades no primeiro PAC. Isso seria absurdo, seria penalizar a população por conta de erro de gestores”, diz.