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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Preso político morre após 85 dias de greve de fome em Cuba, dizem ativistas

Um preso político cubano morreu na terça-feira após 85 dias de greve de fome para exigir melhores condições de detenção, afirmaram ativistas de direitos humanos. Orlando Zapata, de 42 anos, morreu em um hospital de Havana para onde foi transferido em caráter de urgência na noite de segunda-feira quando sua saúde se deteriorou, afirmou Laura Pollán, do grupo de esposas de presos políticos...

Um preso político cubano morreu na terça-feira após 85 dias de greve de fome para exigir melhores condições de detenção, afirmaram ativistas de direitos humanos.


Orlando Zapata, de 42 anos, morreu em um hospital de Havana para onde foi transferido em caráter de urgência na noite de segunda-feira quando sua saúde se deteriorou, afirmou Laura Pollán, do grupo de esposas de presos políticos Damas de Branco.

"Morreu em consequência da greve de fome", disse Pollán à Reuters. O quadro clínico que causou sua morte não foi esclarecido imediatamente.

A morte ocorreu durante visita oficial do presidente Lula ao país. Lula tem encontro marcado, a portas fechadas, com o ex-presidente Fidel Castro.

As autoridades comunistas de Cuba consideram Zapata e outros 200 dissidentes presos "mercenários" a serviço do inimigo Estados Unidos para arruinar o sistema socialista da ilha.

Zapata, um encanador, começou a greve de fome em dezembro em uma prisão de segurança máxima na província central de Camaguey e ingeria apenas água.

Na semana passada, foi transferido a uma prisão em Havana já semi-inconsciente, segundo ativistas.

"Foi um assassinato com roupagem judicial. É uma morte que poderia ter sido evitada. Morreu em uma atmosfera de premeditação oficial", disse Elizardo Sánchez, líder da ilegal, mas tolerada, Comissão Cubana de Direitos Humanos.

A Anistia Internacional havia incluído a Zapata na sua lista de presos de consciência, como a organização chama as pessoas presas por suas ideias sem ter recorrido à violência.

Sánchez disse que nos últimos dias as autoridades estavam alimentando Zapata por meio de um sonda intravenosa.

O dissidente fora preso em 2003 por participar de uma greve de fome e condenado a 3 anos de prisão.

A Anistia Internacional informa, no entanto, que sua condenação foi elevada a 25 anos e 6 meses de prisão por delitos como "desacato", "desordem pública" e "resistência".

A morte de Zapata não foi imediatamente relatada pela imprensa oficial em Cuba.

União Europeia
A União Europeia (UE) "lamentou profundamente" a morte do dissidente e lembrou que o bloco pediu diversas vezes a Havana a "libertação incondicional de todos os prisioneiros políticos".
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