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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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CNBB diz que Distrito Federal está mergulhado no caos administrativo

A CNBB (Conferência nacional dos Bispos do Brasil) classificou nesta quinta-feira de "inadmissível" a crise política que atinge o Distrito Federal em consequência do episódio conhecido como mensalão do DEM. O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, disse que a capital não merecia comemorar seus 50 anos, em abril, mergulhada no "caos administrativo" que marca o momento atual.


"Um fato desses é inadmissível em qualquer canto do país, mas no Distrito Federal, é mais ainda. Isso nos envergonha muito, repercute internacionalmente muito mais do que se ocorresse em outro lugar do país", disse.

Para o secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, houve um "desrespeito ético" da parte dos administradores do DF que provocaram a crise atual. "Cada vez que existe uma crise, a credibilidade das instituições entra em cheque. Essa crise nos entristece, nos preocupa, de novo faz com que nação espere apuração ágil, eficaz", afirmou.

A CNBB defendeu a postura do arcebispo de Brasília, dom João Braz de Aviz, que visitou o governador afastado do DF, José Roberto Arruda, na prisão. Arruda está preso na Superintendência da Polícia Federal há duas semanas, acusado de tentar ocultar provas da sua participação no suposto esquema do mensalão.

"O gesto do arcebispo é cristão, humanitário. Mesmo que a pessoa esteja presa, seja culpada, nem por isso pode ser excluída do gesto humanitário. Foi um gesto do arcebispo carregado das mais puras motivações", afirmou dom Geraldo.

Crise

A crise no DF teve início com a divulgação de imagens que flagraram Arruda e aliados, entre eles deputados distritais, recebendo recursos do suposto esquema do mensalão. As imagens foram divulgadas por Durval Barbosa, ex-colaborador de Arruda, que agiu para receber o benefício da delação premiada (redução de pena). O esquema foi desvendado pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora.

Arruda acabou preso sob a acusação de interferir nas investigações da PF ao tentar subornar um aliado de Barbosa. Depois de preso, Arruda se afastou do governo do DF. O vice-governador, Paulo Octávio (sem partido), permaneceu no cargo por menos de uma semana, já que também é acusado de envolvimento no esquema.

O presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima (PR), assumiu o governo do DF com a renúncia de Octávio. Lima foi eleito presidente da Câmara depois do afastamento do seu titular, Leonardo Prudente (sem partido), flagrado guardando dinheiro nas meias do mensalão.

Com a crise, a PGR (Procuradoria Geral da República) apresentou pedido de intervenção federal no DF, que será analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A CNBB, porém, não se manifestou a respeito da possível intervenção no DF.

"A CNBB não leva sua reflexão a esse campo, que é da ordem jurídica", disse dom Geraldo.
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