A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Distrito Federal aprovou hoje a abertura de um processo de impeachment contra o governador licenciado José Roberto Arruda, que está preso há duas semanas, acusado de ser o mentor do chamada "Mensalão do DEM".
Apesar de estar detido desde o dia 11 de fevereiro, acusado de liderar uma rede de corrupção que inclui várias autoridades de Brasília e pressionado a sair do Democratas (DEM), Arruda não renunciou a seu mandato como governador.
O cargo foi assumido inicialmente pelo vice-governador de Brasília, Paulo Octávio Alves, que renunciou do cargo há três dias, pressionado, igualmente, pelo escândalo de corrupção e depois que vários partidos retiraram o apoio ao Governo regional.
O Governo de Brasília está sendo exercido atualmente de forma interina pelo presidente da Assembleia Legislativa, Wilson Lima, outro aliado de Arruda.
"Os indícios são suficientes para que esta Casa instaure a investigação por crimes de responsabilidade. A lei deixa claro que os crimes políticos são muito mais graves que os praticados por cidadãos comuns", segundo o relatório da comissão.
"Se do cidadão comum se exige que respeite os bens públicos e que evite atos que violem os direitos alheios, muito mais tem que ser exigido de um governador", acrescenta.
O relatório terá que ser aprovado pelo plenário da Assembleia Legislativa na próxima terça-feira para que o julgamento possa ser iniciado.
Após a aprovação do julgamento político pela maioria dos 24 deputados, o governador será notificado e terá 20 dias úteis para apresentar sua defesa