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Sábado, 01 de junho de 2024

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Japão ordena evacuação costeira em massa por ameaça de tsunami

Centenas de milhares de pessoas foram evacuadas neste domingo da costa norte do Japão, onde vários maremotos de mais de um metro de altura atingiram o litoral pacífico japonês em consequência do violento terremoto de sábado no Chile.


O nível do mar subiu bruscamente e os diques não conseguiram conter as águas, que cobriram os molhes de vários portos na costa setentrional do Japão. Entretanto, ainda não foram reportadas vítimas ou danos significativos.

A agência meteorológica japonesa previa um maremoto de grandes proporções, devido ao tremor de magnitude 8,8 que atingiu o Chile na madrugada de sábado. Por isso, emitiu nas primeiras horas deste domingo um alerta vermelho de tsunami - o primeiro em 15 anos -, prevendo ondas de até três metros de altura.

Às 10H01 GMT, no entanto, as autoridades reduziram o nível de alerta para "normal", apesar do centro americano já ter suspendido seus alertas para todos os países com litoral no Oceano Pacífico.

A medida afeta as cidades de Aomori, Iwate e Miyagi, ao norte da ilha de Honshu, a principal do arquipélago japonês. Estas localidades são as mais expostas ao risco de um forte maremoto, acompanhado por ondas de três metros de altura ou até mais, segundo a agência meteorológica japonesa.

Contudo, o nível "normal" de alerta de tsunami não significa uma suspensão das recomendações de precaução divulgadas pelos meios de comunicação e pelas autoridades locais, já que outros maremotos podem alcançar o Japão nas próximas horas, segundo a agência.

Ao todo, 320.000 pessoas receberam ordem de evacuação em Aomori, Iwate e Miyagi. Elas foram retiradas principalmente das áreas costeiras e abrigadas em colégios e edifícios públicos, onde foram estocados mantimentos, galões d'água e mantas.

"As ondas chegaram aproximadamente uma hora depois do previsto", declarou Yasuo Sekita, da agência meteorológica.

No porto de Kuji (em Iwate), o nível do mar subiu 120 centímetros repentinamente às 06H49 GMT, 40 minutos após um maremoto de 90 cm, segundo a agência. Outras ondas de menor tamanho foram registradas em vários pontos da costa do Pacífico a partir das 04H47 GMT.

No porto de Otsuchi, na mesma cidade, uma sonda mediu a elevação das águas em 145 centímetros, mas a agência meteorológica ainda não confirmou este dado.

Um tsunami de mais de um metro é suficiente para provocar graves inundações e danificar barcos atracados no porto.

"Não se aproximem da costa por nada neste mundo", apelou o primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, em uma mensagem transmitida em rede nacional. "Não devemos baixar a guarda", acrescentou.

O ministério da Defesa do Japão ordenou patrulhas aéreas do litoral pacífico, que tem 3.000 km de extensão, para identificar tsunamis.

O tráfego de várias linhas férreas foi suspenso, e a estrada que liga Tóquio a Nagoya, no centro do país, foi parcialmente fechada. Os trens de alta velocidade, por outro lado, circulam normalmente, e o aeroporto de Tóquio-Haneda não teve voos cancelados.
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