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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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MG: Veranico reduz produção de soja

Estimativas dos sojicultores de Uberlândia apontam para a possibilidade de quebra de até 15% na produção de soja deste ano.

Estimativas dos sojicultores de Uberlândia apontam para a possibilidade de quebra de até 15% na produção de soja deste ano.


As variações de clima e a ferrugem da soja são os principais fatores que levaram à queda na produção do grão.

Segundo o engenheiro agrônomo Gustavo Alvim, o forte calor e as chuvas irregulares prejudicaram os produtores.

“Muitos sofreram com um período de veranico no mês de fevereiro. Estas variações de clima, além de impedir o desenvolvimento do grão ainda favorecem a ferrugem da soja, já que nas chuvas é difícil de combatê-la”, afirmou.

Na região de Uberlândia, segundo o engenheiro agrônomo, cerca de 48 mil hectares de soja foram plantados. A expectativa de colheita é de 50 sacas, ou seja, três toneladas por hectare.

O produtor Claudionor Nunes de Morais é um dos que estima uma perda de quase 15% da produção na safra deste ano.

“Esta é a pior safra dos últimos 10 anos. O calor castigou muito, principalmente, no período de maior desenvolvimento do grão”, disse.

De acordo com Claudionor Nunes, o período de plantio da soja é entre outubro e dezembro e como as chuvas chegaram adiantadas no ano passado, a plantação começou 15 dias mais cedo.

“Plantamos antes e dessa forma o período de crescimento dos grãos, que normalmente acontece durante as chuvas de março, foi durante o veranico de fevereiro. Assim perdemos boa parte da produção”, afirmou.

O engenheiro agrônomo Gustavo Alvim afirma que, com o forte calor, os produtores enfrentam graves problemas para o desenvolvimento da soja.

O florescimento da planta é precoce e isto faz com que o crescimento seja mais rápido, o que na hora do desenvolvimento dos grãos gera um grande prejuízo, os grãos ficam menores do que o normal.

Já as chuvas em períodos irregulares impedem o combate mais rígido da ferrugem da soja.

“Por mais que os produtores apliquem a primeira dose do fungicida no tempo certo, uma chuva pode impedir a aplicação da segunda dose o que faz com que a doença se prolifere mais rápido”, disse.

No caso do produtor Daniel Lopes, as perdas também estão calculadas entre 10% e 15%. Segundo ele, com a falta de água para o desenvolvimento dos grãos, as colheitas deste ano serão menos fartas.

“Não dá pra manter o nível da produção e apesar de não ter sido um prejuízo tão grande, devemos sentir um pouco essa queda”, disse.

Segundo o produtor, as chuvas do último fim de semana vão ajudar na diminuição do prejuízo. “O que foi perdido não dá pra recuperar, mas ainda tenho plantações que estão em desenvolvimento e, com as chuvas e clima mais ameno, devo colher um pouco mais nestas áreas”, afirmou
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