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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Política BR

Oposição tenta capitalizar denúncia contra tesoureiro do PT

A oposição começou a se mobilizar nesta terça-feira para tentar dar maior visibilidade às denúncias apresentadas contra o novo tesoureiro do PT.


Em matérias publicadas recentemente pela revista Veja e o jornal O Estado de S. Paulo, o promotor de Justiça José Carlos Blat aponta João Vaccari Neto como responsável por supostos desvios de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). O dinheiro teria sido usado para financiar campanhas eleitorais do PT e também desviado para benefício dos próprios diretores da cooperativa.

No Senado, o presidente da CPI das ONGs, Heráclito Fortes (DEM-PI), quer incluir o assunto entre os temas investigados pelo comissão. A iniciativa, entretanto, deve enfrentar resistências da base governista, que é maioria na CPI e deve tentar evitar a contaminação da candidatura à Presidência da República da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) pelas denúncias.

"O trabalho feito pela promotoria deixa bem claro a manipulação e o desvio de recursos", discursou Heráclito Fortes no plenário do Senado. "Não é possível que isso continue frouxo, que continue a funcionar esse propinoduto criminoso."

A ideia do parlamentar é tentar quebrar os sigilos das entidades apontadas pelo promotor como operadoras do suposto esquema. O prazo final da CPI das ONGs é 2 de setembro, cerca de um mês antes do primeiro turno das eleições.

Já o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apresentou à Mesa Diretora do Senado requerimentos pedindo uma auditoria nos fundos de pensão de empresas estatais que repassaram recursos à Bancoop e uma audiência da Comissão de Constituição e Justiça da Casa com Blat.

Em São Paulo, o PSDB trabalha para instalar na Assembleia Legislativa uma CPI para apurar o caso.

REAÇÃO

Antes de participar no Congresso de uma sessão de celebração do Dia Internacional da Mulher, Dilma afirmou que o petista não pode ser considerado culpado antes de apresentar sua defesa e ser julgado. Ela sinalizou ainda que Vaccari Neto não deve comandar as finanças de sua campanha.

"Nós temos tido nas últimas eleições uma opção por diferenciar as duas tesourarias (do partido e da campanha presidencial)", lembrou a ministra em entrevista a jornalistas.

"Então, a tendência é manter isso, a mesma coisa que ocorreu em 2006, na época da reeleição do presidente Lula."

Há quatro ano, o tesoureiro do PT era Paulo Ferreira e o da campanha era o ex-prefeito de Diadema José de Filippi.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, por meio de nota, afirmou que o partido buscará na Justiça a reparação "pelas infâmias" que teriam sido praticadas pelos dois meios de comunicação que publicaram as denúncias de Blat.

Ele também informou que representará no Conselho Nacional do Ministério Público contra o promotor, "fonte primária de onde brotam as... acusações sem prova".

Para o deputado Ricardo Berzoini (SP), ex-presidente do PT, há um movimento para tentar atingir a campanha da ministra e o PT neste período pré-eleitoral e as denúncias são "requentadas".

Ainda assim, Berzoini disse que a estratégia do partido deve ser evitar uma troca de denúncias com a oposição, pois teria ficado provado nos últimos anos que o eleitorado reprova esse tipo de atitude.

"Vamos fazer um debate programático, porque é isso que o povo quer ouvir", argumentou.

Nas últimas pesquisas de intenção de voto, Dilma reduziu a vantagem do líder, o governador de São Paulo e provável candidato a presidente do PSDB, José Serra.
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