Controverso a todas as críticas positivas e o alto índice de aprovação do governador Blairo Maggi (PR), o senador Jaime Campos (DEM) afirma que a atual administração estadual fez muito pouco. Indo mais além, o democrata credita a própria gestão e a do irmão Júlio Campos o mérito do crescimento do estado. “Nós plantamos a semente do desenvolvimento”, ratificou o ex-governador.
Em entrevista ao programa
Tribuna do Povo, da Rádio Cultura de Cuiabá, o senador democrata disse que “não há parâmetro” entre a gestão dos Campos a de Maggi, mas considera a própria administração como crucial para o recente desenvolvimento do estado. “Graças a nós (ele e Julio Campos) Mato Grosso pode frutificar”.
Campos relembra o fato de em sua última gestão (90/93), a taxa de inflação era exorbitante, impedindo um planejamento adequado. O país também passava por uma crise institucional com a cassação de Fernando Collor de Mello em 1992, além de a carga tributária do estado ser “consideravelmente” menor.
“Na minha época a inflação impedia um planejamento além de 30 dias. O ICMS era de 6%, agora é de 40%. Até o nosso diesel é o mais caro do país e não tínhamos o Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação)”, exemplificou o governador, para mostrar o quanto é “injusto” comparar uma gestão com a outra.
Entretanto, bem ao estilo polêmico pelo qual é conhecido, Jaime disparou: “Convenhamos, esse governo fez muito pouco e beneficiou o interesse de uns poucos. Exemplo disso são os incentivos fiscais, que contemplam menos de 10% dos empresários de Mato Grosso”. A partir de então, o senador iniciou o processo de listagem de obras e comparação de gestões.
Entre os pontos altos listados por ele, na própria gestão, está construção de 22 casas populares, a implantação de mil leitos hospitalares e a criação da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). “Se a Unemat existe é devido a um ato de coragem de Jaime Campos”, indulgenciou-se em terceira pessoa.
O senador democrata também lembrou a expansão dos “linhões” de energia elétrica por todo Mato Grosso e da privatização da Cemat. “Era um cabide de empregos que não fazia nada”, justificou, valorizando o feito. “Se eu fosse ficar aqui dizendo minhas obras ficaria a semana inteira”, gabou-se.
Ao listar as obras do governo Maggi, Jaime campos resumiu-se em dizer que o grande feito da atual gestão foi a participação do povo e do setor privado nas obras. “Na minha época não se ouvia falar em investimento privado”, disse.
Para finalizar, o senador atacoou, mais uma vez, a segurança pública, um dos 'pontos fracos' da gestão de Blairo Maggi. “Naquele tempo, tínhamos uma segurança publica decente, come menos de 2% dos índices de violência de hoje”, completou.
