O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sinop aguarda, para esta semana, uma reunião com o prefeito Juarez Costa (PMDB), para começar a negociação do reajuste salarial deste ano. Os trabalhadores pedem 15% de aumento e a prefeitura sinaliza com a inflação do período, que seria em torno de 5%.

Enquanto a reunião entre prefeitura e sindicato não é acontece, os sindicalistas se organizam para começar a traçar estratégias de negociação, caso o Poder Executivo não avance na proposta. Na sexta-feira (12), à noite, foi formado um grupo de trabalho, conforme explicou, ao Olhar Direto, o presidente do Sindicato, Adriano Perotti.

“O grupo de trabalho é composto por cerca de dois ou três servidores de cada secretaria. O Objetivo é que eles levem aos funcionários de suas pastas informações de quanto a prefeitura gasta com folha de pagamento, especificando o valor com comissionados e a quantia de nomeados, que na visão do sindicato é muito alta”.

Uma das reclamações da entidade sindical é que a prefeitura parece estar “protelando” o encontro com os servidores. Como estamos em ano eleitoral, tais reajustes devem ser definidos até seis de abril. Perotti disse que esse tempo “apertado” dificulta as negociações.

“Protocolizamos um pedido de reunião ainda no final de fevereiro e ainda não fomos atendidos. Temos uma previsão a ser confirmada de ter o primkeiro encontro com Juarez para falar de reajuste somente na quinta-feira que vem. Ao que parece, o prefeito está retardando o começo das discussões, para dificultar as negociações”.

O presidente sustenta que os servidores não vão aceitar reajuste baseado apenas na inflação. “Ano passado não fomos atendidos e o prefeito concedeu somente o que ele quis, 6.48%. Neste ano, é consenso entre os servidores municipais de que o aumento salarial terá que ser pelo menos próximo aos 15%.”

O grupo também vai começar a planejar ações futuras, caso as negociações com o prefeito não tenham sucesso. De acordo com o presidente, são grandes as chances de acontecer greve geral no município caso o Poder Executivo esteja irredutível em conceder aumento a contento.

Segundo Perotti, a maioria dos servidores estão insatisfeitos com os ganhos mensais. Citando alguns exemplos, uma merendeira está recebendo, bruto, cerca de R$ 560 e, gari, cerca de R$ 610.