O julgamento dos réus no caso do assassinato da médica Gilcy Brandão foi encerrado durante a madrugada deste sábado (13). Após quatro dias de depoimentos, o júri decidiu condenar a enfermeira Geane Márcia Bertholdo, apontada como amante do marido da vítima, a 16 anos de prisão. Já o promotor de eventos Rogério Sepulcri, marido da médica, e Marcos Pedrosa Cambuí, que até então era suspeito da execução, foram absolvidos.

A médica foi assassinada no estacionamento de um restaurante em Jardim Camburi, em Vitória, no dia 1° de fevereiro de 2007. Ela entrava no carro quando foi abordada e morta. Na noite do crime, o marido da médica disse à polícia que a companheira tinha sido vítima de uma tentativa de assalto.

Em junho do mesmo ano, o promotor foi preso. Dias depois, a polícia deteve a amante dele, Geane.

A enfermeira foi ouvida por mais de cinco horas. Já o depoimento do promotor de eventos Rogério Sepulcri, começou por volta das 16h e seguiu mais de quatro horas. O último a sentar no banco dos réus foi o homem que até então era acusado de atirar na vítima, Marcos Pedrosa Cambuí, o "Rogerinho do Forte", de 25 anos.

O primeiro dia de julgamento começou às 8h30 da terça-feira (9). Os três suspeitos chegaram juntos à 1ª Vara Criminal de Vitória. No mesmo dia, duas testemunhas foram ouvidas: o dono do estabelecimento onde o trio teria planejado o crime e uma mulher.

Na quarta-feira (10), segundo dia de julgamento, foi a vez dos filhos de Rogério serem ouvidos. O primeiro depoimento foi de Breno Valadares, que jogava bola quando soube que a mãe tinha sido baleada.

Ele ainda contou que os pais tinham um bom relacionamento até dezembro de 2006, quando Gilcy descobriu o caso do marido com a enfermeira. Sobre o dia do crime, Breno afirmou que os pais teriam ido a um shopping antes de seguirem para o restaurante, onde tudo aconteceu.