A pauta do Júri Popular de 2010 da 2ª Vara Criminal de Barra do Garças começou na sexta-feira (12) com o julgamento de Jailson Nunes Xavier, 38 anos, que matou a esposa, Marilza Marques dos Santos, em junho do ano passado, com um golpe de faca no peito da vítima, no bairro São José.
O júri foi promovido no plenário da Câmara Municipal com a presença de vários familiares da vítima, do réu e de acadêmicos dos dois cursos de bacharelado em Direito da cidade de Barra do Garças.
Ao final do julgamento, os jurados condenaram o réu Jailson por unanimidade a 15 anos de prisão. Jailson será encaminhado para o presídio de Água Boa. O presidente do Júri Popular, juiz Otávio Vinicius, informou que a pauta deste ano prevê duas seqüências de julgamentos sendo que a primeira teve início na quinta (12) e irá até o início de abril. A segunda jornada será cumprida depois do recesso forense em julho, provavelmente em agosto.
Um aspecto destacado sobre o Júri Popular foi o primeiro julgamento realizado na comarca de Barra do Garças sem a presença do réu, que ocorreu em novembro do ano passado quando foi condenado Jovelino Lopes Viegas, 44 anos, pelo estupro e estrangulamento de duas meninas de 8 e 13 anos de idade, no distrito de Paredão Grande, em General Carneiro, no Araguaia.
Jovelino foi condenado a 69 anos e 6 meses de reclusão. De acordo com a promotora de Justiça Luciana Rocha Abraão David, os crimes aconteceram em fevereiro de 2005. “Com a reforma do Código de Processo Penal, não há mais necessidade do réu estar presente para a realização do júri. Esse foi o primeiro julgamento que realizamos em Barra do Garças sem a presença do réu”, explicou a promotora de Justiça.
Segundo ela, a condenação do réu a 69 anos e seis meses de prisão foi unânime entre os jurados. Na época do crime, as vítimas foram encontradas por populares cerca de 15 dias após o crime, no interior de uma fazenda em que o réu trabalhava, enterradas em um matagal próximo a um córrego, distante cerca de 800 metros da sede da fazenda.
Jovelino está recolhido na velha cadeia de Barra do Garças esperando autorização de Cuiabá para seguir para o presídio de segurança máxima de Água Boa.
Ele alegou que não agiu sozinho. Jovelino atraiu as meninas para chupar abacaxi na fazenda e as amarrou cometendo estupro e estrangulamento da adolescente de 13 anos e depois da menina de 8 anos.