A revista argentina Perfil afirma, citando o embaixador israelense em Buenos Aires, Daniel Gazit, que Israel sabe quem cometeu o atentado contra sua sede diplomática em Buenos Aires em 1992, que provocou 22 mortes e deixou 200 feridos, e já "deu conta" deles.

Pouco depois da divulgação da informação, o diplomata explicou que houve um erro de interpretação da publicação e o "dar cuenta" significa apenas "tomar nota" ou conhecimento, e não matar como deu a entender a revista.

"Sabemos quem esteve por trás do atentado à embaixada, quem o organizou, quem deu as ordens e quem executou, com nomes e tudo, e já demos conta deles", disse Gazit à revista argentina Perfil.

A publicação interpretou a declaração como se Israel tivesse matado os responsáveis pelo atentado. A capa da revista afirma "Exclusivo: Israel afirma que eliminou os autores do atentado a sua embaixada".

Mas Gazit explicou, segundo a Agência Judaica de Notícias, que "talvez tenha sido uma interpretação errada do termo que utilizei, ''dado conta'', que se referia apenas a tomar nota e que não se trata de nenhum modo de ''eliminar''".

O diplomata, que segundo a revista atribuiu o atentado ao grupo libanês Hezbollah e disse o "Irã esteve por trás", explicou que "é sabido que a organização Hezbollah está por trás disto e, certamente, sem a autorização de seus líderes daquele tempo não seria possível executar um ataque de tal magnitude".

Outra fonte da embaixada, não identificada pela revista, informou que um dos responsáveis foi Imad Fayez Moughnieh, apontado como chefe de segurança no exterior do grupo libanês Hezbollah, que agentes israelenses "identificaram e eliminaram em 2008".

Moughnieh era um dos indiciados pelo ataque no processo da Corte Suprema de Justiça argentina.

Na terça-feira, o ataque com bomba que demoliu a sede diplomática na capital argentina completa 18 anos.