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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Jovem que levou suspeito de assassinar Glauco até local do crime foi rendido

O estudante Carlos Eduardo Sundfeld, conhecido como Cadu e suspeito de ter matado o cartunista Glauco Villas Boas e seu filho Raoni Villas Boas, teria rendido o jovem Felipe Iasi, 23 anos, e o obrigado a levá-lo até a casa das vítimas, em Osasco, na Grande São Paulo. Segundo o advogado de Felipe, Cássio Paulette, Cadu teria ligado momentos antes para seu cliente e o convidado para se encontrarem, “um programa normal de jovens, sair para conversar e beber” na noite de sexta-feira (12).


“Felipe recebeu um telefonema de noite e se encontraram. Cadu entrou no veículo, apontou uma arma e o obrigou a levá-lo até a residência das vítimas”, contou Paulette. Felipe Iasi se apresentou à polícia de Osasco, na tarde deste domingo (14).

Paulette conformou que Cadu teria rendido a enteada de Glauco e, assim, atraído toda a família. O advogado nega que Felipe tenha ajudado o suspeito na fuga após o duplo homicídio.



“Assim que Raoni chegou, a discussão foi retomada, Felipe viu uma oportunidade e fugiu. Ele só ficou sabendo do homicídio no dia seguinte”, contou Paulette. Segundo o advogado, o jovem repetia que era “Jesus Cristo na Terra” e falava “coisas desconexas”. “Parece alguém vítima de um surto psicótico ou uso abusivo de drogas (...) Tudo leva a crer que ele teria usado drogas”, disse.

Paulette informou ainda que Cadu e Felipe se conheceram há menos de dois meses e que seu cliente não sabia quem era Glauco. Felipe teria presenciado a coronhada que Cadu deu na viúva de Glauco, Bia, o soco dado no cartunista e o início da discussão com Raoni. Cadu teria mantido toda a família de Glauco e o próprio Felipe sob a mira de um revólver durante todo o tempo.

“O carro não foi usado na fuga. As imagens da câmera de segurança da casa dele [Felipe] e os horários podem comprovar isso”, disse o advogado. O carro de Felipe Iasi foi apreendido pela polícia o veículo, um Gol cinza escuro. Segundo testemunhas, o carro foi usado na fuga de Cadu.

Paulette não respondeu se seu cliente seria usuário de drogas. “Na minha época, bebia-se. Hoje, fuma-se maconha. Não me aprece que ele [Felipe] faça nada que exceda à conduta normal de um jovem”, afirmou.

Segurança reforçada
Na manhã deste domingo (14), a polícia reforçou a segurança na casa onde mora a viúva de Glauco. A medida foi tomada após a viúva ter recebido um telefonema de Carlos Eduardo. A informação foi confirmada pelo delegado Archimedes Cassão Veras Júnior, do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia Seccional de Osasco, que apura o caso. O reforço policial visa dar segurança a viúva e a família. Não há informações se ela e os parentes foram retirados do local.



Glauco e Raoni foram mortos a tiros durante a madrugada de sexta, na residência do cartunista, em Osasco. No local, também funciona a Igreja Céu de Maria, seguidora do Santo Daime, da qual as vítimas eram adeptas. Cadu, o suspeito, também chegou a frequentar os cultos e era conhecido da família do cartunista.

Segundo testemunhas, o jovem matou Glauco e Raoni após uma discussão. O rapaz, que faz tratamento contra dependência química, teria entrado armado na residência de Glauco. Após o crime, ele teria fugido em um carro Gol cinza, guiado por outra pessoa.

A residência de Bia fica em Osasco, na Grande São Paulo. Foi lá que seu marido e seu enteado foram mortos. Membros da Igreja Céu de Maria, com sede dentro da casa e da qual Glauco foi fundador, afirmaram ao G1 que temem a volta do assassino ao local. Ele está foragido desde a madrugada de sexta-feira (12).

A Polícia Federal e a Interpol também foram avisadas para fecharem o cerco em aeroportos, fronteiras e até em outros países contra uma possível fuga de Cadu.

“Já avisamos todas as polícias, Polícia Federal, Interpol, polícias civis no Brasil, polícias militares. Nosso objetivo é fechar o cerco em busca do suspeito. Evitar que ele tente fugir”, disse Veras Júnior. “De qualquer modo, ainda trabalhamos com a hipótese de o suspeito estar escondido em algum lugar em São Paulo.”


“A expectativa nossa é pela apresentação ou localização do suspeito. A família do Carlos Eduardo [Sandfeld Nunes] está colaborando. Na sexta, ouvimos o pai e o avô dele, acompanhados de um advogado da família. Segundo os parentes do rapaz, eles não sabem do seu paradeiro”, disse o delegado.


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