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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Comissão do Senado adia votação sobre convocação do promotor Carlos Blat

A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado adiou, por sete votos a seis, a votação sobre a convocação do promotor José Carlos Blat, que investiga o caso Bancoop...

A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado adiou, por sete votos a seis, a votação sobre a convocação do promotor José Carlos Blat, que investiga o caso Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo). O pedido, feito pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), deve ser votado na próxima semana.


No dia 9, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) já havia derrubado outro pedido de convocação do promotor por dez votos a nove. Na próxima quarta-feira, a Comissão de Direitos Humanos do Senado pretende ouvir os depoimentos dos representantes dos cooperados da Bancoop.

Ontem, o promotor chamou de tentativa de intimidação as reações de dirigentes do PT às investigações do caso. "Os ataques pessoais e campanhas difamatórias representam um claro sinal de desrespeito e uma tentativa de intimidação", afirma o promotor em nota.

O promotor pediu, no dia 5 de março, a quebra de sigilo bancário e fiscal do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por suposto envolvimento no esquema de desvio. Blat também pediu o bloqueio das contas da cooperativa. Vaccari faz parte da cooperativa desde a sua fundação e foi presidente da entidade.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), afirmou na semana passada que a ação do promotor faz parte de uma "articulação política mal engendrada".

Também na semana passada, o Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais e Corregedoria da Polícia Judiciária da Capital) negou o bloqueio das contas da Bancoop e adiou a decisão sobre a quebra do sigilo bancário e fiscal de Vaccari.

Blat afirma que analisou mais de 8.000 páginas de documentos do processo que envolve o desvio de recursos e concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa. Esse tipo de movimentação é uma forma de não revelar o destino do dinheiro.

O desvio de dinheiro pode ter chegado a R$ 100 milhões, segundo estimativa do promotor. De acordo o Blat, os valores já eram conhecidos desde 2008, ainda na fase do inquérito instalado para investigar o suposto desvio que prejudicou 3.000 famílias de cooperados, com prejuízo médio de R$ 33 mil.

Segundo a investigação, dirigentes da cooperativa teriam criado empresas fantasmas que prestavam serviços superfaturados e faziam doações não contabilizadas ao PT. Para Blat, há indícios de caixa dois, uma vez que os recursos repassados ao partido não constam dos registrados da Justiça Eleitoral.
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