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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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CORRETAGEM

Prisão de advogados em MT causa muita controvérsia

A prisão de três advogados no município de Nova Mutum, ocorrida na última sexta-feira, pode ter trazido à tona mais um esquema de venda de sentença, tentando incluir membros do Poder Judiciário ou, no mínimo, má-fé, segundo apurou a reportagem do Olhar Direto.


Eles foram acusados, segundo fontes ouvidas pela reportagem, de tentar extorquir por cobrar e/ou cobrar dinheiro para conseguir a liberação de um empresário de Nova Mutum, preso por estupro, mas "faziam corretagem de sentença" dando garantias para soltura em nome de um juiz, que sequer sabia da transação, de acordo com as mesmas fontes.

Ou seja: estavam "dando garantias em nome do magistrado", que, neste caso, é inocente, afirmam as mesmas fontes. "O juiz estava sendo vendido pelo trio sem que ele soubesse, de uma forma ou de outra", declarou uma fonte do Gaeco.

De acordo com informações apuradas pelo Olhar Direto, o caso teve início em 2007 quando um empresáriofoi acusado por uma ex-funcionária de estupro, porém o processo ficou parado na Promotoria de Nova Mutum, até o ano passado quando o promotor Pedro Figueiredo assumiu naquela Comarca.

Os advogados G.C.G., C.Z. e C.F.M. teriam sido contrados para fazer a defesa da ex-funcionária, porém eles teriam pedido uma certa quantia (cerca de R$ 700 mil, segundo fontes do MPE) em dinheiro para conseguir um habeas corpus, disseram as mesmas fontes, ou para fazer um acordo em nome da suposta vítima.

O caso é intrigante e controverso, com versões distintas. O empresário levou a proposta feita pelos advogados ao conhecimento da Promotoria. Então foi iniciada uma investigação, que culminou na prisão em flagrante de C.Z. no momento fazia uma proposta para suposta compra do HC ou para libertar o empresário, mediante acordo, ainda segundo as mesmas fontes. Em seguida, foram decretadas a prisão preventiva dos outros dois advogados, também sob acusação de tentativa de extorsão.

Ao saber do mandado expedido, G.C. e C.M. se apresentaram na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em Cuiabá, na sexta-feira (19). Após serem ouvidos, foram encaminhados para sede da Polinter.

Investigação

O Ministério Público Federal (MPF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), com base em denúncias feitas por advogados de Brasília, Goiás e São Paulo e da Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), estão investigando um esquema de corretagem e venda de sentenças na corte judicial mato-grossense que envolveria parentes de magistrados e até mesmo escritórios de advocacia ou que assumem esse papel.

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Corrigida às 21h11/Segunda correção às 23h18
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