A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a manutenção do uso da vacina contra o rotavírus, produzida pela empresa inglesa Glaxo SmithKline (GSK).

Na última segunda-feira (22), a FDA, agência reguladora de saúde dos Estados Unidos, recomendou a suspensão do uso da vacina no país. Um estudo teria encontrado fragmentos de um vírus que ataca aves e porcos, o Circovirus, em dois lotes da vacina Rotarix, da GSK.

O rotavírus é a principal causa de diarreias infecciosas, conhecidas como gastroenterites, em crianças. A transmissão ocorre por meio da ingestão de comida ou água infectadas com vírus presentes em fezes ou pelo simples contato com objetos contaminados. Os principais sintomas são vômito, febre e diarréia constante.

De acordo com a Anvisa, não foi registrada, no Brasil, nenhuma reação adversa à vacina, que integra o calendário de imunização infantil desde 2006. Outra alegação da agência é que a paralisação do processo de imunização poderia expor cerca de 2 milhões de crianças com menos de 4 anos às doenças diarréicas. No ano passado, foram aplicadas aproximadamente 18 milhões de doses da vacina no país.

A Anvisa informou, ainda, que o protocolo de aplicação da vacina segue critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).