As juízas Graciema Ribeiro Caravellas e Maria Cristina Oliveira Simões, aposentadas compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tiveram os pedidos de esclarecimentos rejeitados pelo conselheiro Ives Gandra, relator do processo que apura um suposto esquema de desvio de dinheiro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso para salvar uma cooperativa de crédito ligada à Maçonaria.
O conselheiro afirma que elas teriam sido usadas como laranjas no esquema. Segundo o advogado das magistradas, Alexandre Slhessarenko, o próximo passo será um recurso no Supremo Tribunal Federal.
Além das juízas, outros oito magistrados (três desembargadores) foram punidos com a aposentadoria. José Ferreira Leite, José Tadeu Cury e o ex-presidente do TJ, Mariano Alonso Travassos, e os juízes Marcelo Souza Barros, Antonio Horácio da Silva Neto, Irênio Lima Fernandes, Marco Aurélio dos Reis Ferreira, Juanita Clait Duarte.
De acordo com o parecer emitido pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no Procedimento Administrativo Disciplinar do CNJ, as magistradas receberam verbas pendentes nos valores de R$ 185.594,65 (pago a juíza Graciema Caravellas) e R$ 227 mil, para Maria Cristina Simões.