Em meio a uma série de assinaturas de convênios e entrega de viaturas policiais, o governador Blairo Maggi (PR) se despediu na noite desta segunda-feira (29) da população de Rondonópolis. O último ato oficial antes da renúncia foi marcado por discursos de agradecimento ao chefe do Executivo estadual e diversas vezes por aplausos dos moradores da cidade para onde o governador retorna após deixar o governo de Mato Grosso.
Maggi chegou com cerca de uma hora de atraso ao evento de assinatura da ordem de serviço para as obras de canalização do Córrego Canivete e urbanização da região do Jardim Luz D’Ayara. O governador se desculpou e declarou que o presidente Lula atrasou mais de uma hora para o lançamento do PAC 2. Além disso, a chuva também atrasou a viagem de Maggi de Brasília a Rondonópolis.
A obra é aguardada com ansiedade pela população da região e vai custar mais de R$ 16 milhões. “Não podia deixar de concluir o meu governo sem a solução dessa demanda muita antiga da região”, afirmou o governador.
Já em frente à Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus, Maggi fez a entrega de 44 novas viaturas à Polícia Militar, sendo que 22 foram destinadas a Rondonópolis. O governador assinou também a entrega de um ônibus para a APAE e para o Luis Braille, assinou a autorização para a construção da torre da Igreja Matriz, para o asfaltamento do Cidade de Deus no valor de quase R$ 1,7 milhão e ainda para a pavimentação de 42 km da Rodovia do Leite (MT-459) com recursos de R$ 29 milhões.
Blairo confirmou que este foi provavelmente seu último ato como governador, pois talvez ainda irá fazer o lançamento do estádio da Copa do Mundo, solenidade que não foi confirmada. “É realmente uma despedida para mim e nada mais justo do que ser em Rondonópolis, a minha cidade, a cidade que me recebeu há mais de 30 anos e que me deu todo o suporte político em 2002 e 2006”, declarou.
Emocionado, ao lado da esposa Terezinha e da mãe Lúcia Maggi, o governador discursou sobre a chegada de seu pai, André Maggi, em 1979, e toda a sua trajetória até chegar à política. Blairo destacou ações de seu governo e sua forma de trabalho. “Um governo não tem que prometer nada. O governo sabe quando pode e quando não pode e ele só pode aquilo que a população deixa ele fazer porque é ela que paga a conta”, discursou.
O governador avaliou ainda que o Estado de Mato Grosso evoluiu desde 2002. “Eu acho que nós avançamos bastante. O Estado de Mato Grosso não é o mesmo que era em 2002, que não tinha viaturas para andar, que não tinha a presença do Estado. Hoje a população já não cobra as mesmas coisas, não querem mais uma sala de aula, querem a piscina da escola, o ar-condicionado, um anfiteatro”, analisou.
Após a renúncia, Blairo afirmou que pretende ficar um mês afastado da política e só em maio retornar para visitar locais onde esteve apenas como governador. “Quero ficar totalmente ausente do processo político e antes de chegar às eleições passar em todos os municípios do Mato Grosso, conversar com companheiros antigos e, mais do que isso, me orientar sobre o papel que eu devo exercer no Congresso Nacional, se lá eu chegar”, explicou.
