O Partido dos Trabalhadores (PT), ao longo de sua trajetória, sempre teve e tem algumas particularidades, principalmente, por ter sua executiva ser heterogênea. Sendo assim, obter uma unanimidade perliminar é praticamente impossível, ainda mais quando se trata do arco de aliança eclético. Apesar de minoria, uma ala mais radical da legenda resiste em compor com o Partido Progressista (PP), que tem nos deputados José Riva (estadual) e Pedro Henry (federal) as suas maiores lideranças.
Apesar da resistência, o presidente regional do PT, deputado federal Carlos Abicalil, adianta que durante o encontro de tática eleitoral, com 243 delegados, apenas 16 foram contrários à resolução que deu liberdade ao partido para formar uma coligação seguindo a base nacional.
Segundo o líder petista, os diálogos com o PP têm sido constantes e muito positivos, levando a crêr que a legenda progressista pode contar, ou no mínimo sonhar, com o apoio dos progressitas, na coligação que já conta com PT, PR e PMDB e que terá o governador Silval Barbosa (PMDB) como cabeça de chapa.
Outro petista que assegura não haver nenhum impasse para uma aliança com o PP é o deputado Alexandre César, ligado ao grupo de Abilcalil, ele admite a resistência dessa minoria, mas afirma: “PP não deve ser nenhum óbice a esta aliança”.
Além do PP, Abicalil informou manter diálogo com o PSB, apesar da pré-candidatura do empresário Mauro Mendes. Para ele, até junho a situação da sigla socialista pode mudar e confessa conversar muito com o presidente regional do PSB, deputado federal Valtenir Pereira.
No entanto, a cada dia, Mendes fortalece seu nome no cenário político, ainda mais com a confirmação do PDT na aliança e a vinda do ex-procurador da República, Pedro Taques, para o partido com a intenção de disputar ao Senado.