Técnicos do Instituto de Metrologia e Qualidade de Mato Grosso (Imeq-MT) realizaram testes de fiscalização entre os dias 29 e 31 de março para testar a qualidade dos ovos de páscoa. Ao todo 26 marcas foram analisadas em 12 estabelecimentos. Quatro tipos de ovos representando três marcas foram reprovadas.

No ano passado houve apenas uma marca reprovada. “São erros pequenos que não devem preocupar a população a ponto de deixar de comprar. No entanto, o trabalho do Imeq é prezar pela conformidade dos produtos, então as marcas serão autuadas”, destacou o coordenador de Fiscalização do Imeq, Bento Gomes Bezerra.

O procedimento do exame avalia o produto de duas formas: critério individual e critério da média dos produtos em relação ao quantitativo.

No critério individual as amostras são avaliadas separadamente. A massa do chocolate é o peso bruto menos embalagem e brinde que está no interior do ovo. Essa massa não pode ultrapassar o peso mínimo permitido que varia de acordo com o indicado na embalagem.

E no critério da média são somados todos os produtos e dividido pelo número de amostras. O resultado deve ser superior ao mínimo aceitável pela norma interna do Inmetro, que respeita a tolerância de cada produto.

Somente é aprovado o produto que está em conformidade nos dois critérios de avaliação.

Segundo o coordenador, em caso de dúvida o consumidor deve levar o produto para pesar na balança do mercado e fazer a comparação entre a massa nominal (indicada na embalagem) e o peso efetivo (indicado na balança). A equação pode ser explicada da seguinte forma: se o consumidor compra um ovo de 170g e no seu interior tem um brinde, ele deve procurar a promotora da marca e verificar o peso do brinde. Na balança o peso bruto registra 220g e o brinde tem 30g; o valor bruto deve ser diminuído pelo valor do brinde e da embalagem que geralmente pesa de 19 a 21g, o resultado é aproximadamente 170g, desta forma o produto está dentro do padrão estabelecido para ser comercializado.

Este ano a Operação não focalizou os ovos caseiros porque a recomendação do Inmetro era verificar também os brindes, o que tomou mais tempo. Nesse caso, a qualidade dos brindes que tem características de brinquedos passou pelo crivo dos técnicos. “Tenho assegurado que alguns brindes foram reprovados. Outros demandam um exame mais minucioso que é feito em laboratório do Rio de Janeiro, vai demorar mais tempo para dar o resultado geral”, revelou Bento Bezerra.

Após a verificação, as amostras que não forem recolhidas pelos representantes das marcas serão encaminhadas para a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs) para doação.  As informações são do Imeq, que não divulgou a lista de marcas reprovadas.