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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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Influenciado por Queen e Neil Young, vocalista do Fresno lança disco solo

Em um período de dez dias de intervalo nos trabalhos de sua banda Fresno, o guitarrista e vocalista Lucas Silveira gravou seu primeiro álbum solo, “The rise and fall of Beeshop”. O disco junta composições feitas entre 2006 e 2009, sob a alcunha de Beeshop.


“Tudo começou quando eu tinha um fotolog. Eu fazia uns desenhos, fotografava, contando histórias que aconteciam comigo, e o bonequinho que eu desenhava era o Beeshop, eu gostava do nome. É com esse alter ego que eu experimento várias formas de cantar, várias formas de compor”, explica Lucas em entrevista por telefone ao G1.

Diferente do Fresno, que conta com letras em português, Lucas canta em inglês no seu trabalho solo. “Eu comecei a fazer as músicas em inglês e percebi que nelas eu me sentia mais livre para usar um tipo de metáfora que em português eu teria vergonha de cantar”, conta.

Novas influências
No Beeshop, o músico desfila influências que não combinam muito com o som emo da sua banda “principal”. “I was born in the 80’s” lembra Killers (mas Lucas jura que a intenção era parecer Smiths. “Só quando coloquei o teclado percebi o Killers”, diz), enquanto “Lovers are in trouble”, com clima de cabaré, “começou como uma tentativa de fazer uma nova ‘My melancholy blues’, do Queen”. Ele cita ainda Neil Young e sua “Harvest moon” como referência da melodia da folk “Cookies”.

“Talvez se eu não gravasse esse disco uma infinidade de pessoas não saberiam que eu sou capaz disso, e que eu tenho todas essas referências. É uma chance de um cara que nem gosta da Fresno ouvir um Beeeshop e dar o braço a torcer dizendo, ‘pô, eu gosto disso’”, provoca Lucas.

Ele acabou de terminar as gravações de “Revanche”, novo álbum da Fresno, que deve ser lançado apenas em julho. “Vamos esperar a Copa passar, mas devemos lançar um single antes”. A decisão é para evitar o período em que “as pessoas estão interessadas em outras coisas – especialmente futebol”.

Enquanto a Fresno não entra em turnê com o novo disco, ele segue com seus planos, que incluem shows com o projeto solo “em cidades selecionadas, com uma estrutura menor”. Outro sonho é lançar o álbum do Beeshop em vinil. “Eu sonho muito com isso. É um som massa de ouvir no vinil, eu até faria uma master diferente para o formato. E acho que pode atingir esse público novo, que compra vinil do Radiohead”.

Ele mesmo se diz um colecionador fiel de vinis. “Eu estou comprando em vinil muita coisa que já tem em CD. Comprei uma vitrola massa agora, som de velho, caixona grande. Comprei quase tudo do Radiohead, Beatles eu comprei quase tudo em um balaião ali no centro. Tem certas coisas que funcionam bem no vinil, como Interpol”.

Peso
Lucas diz que o disco sua banda “principal” vai ser mais pesado que o antecessor, “Redenção”, mas que também não vão deixar o lado mais pop de lado. “Claro que um disco não vai ser todo intenso. Desde quando éramos independentes sempre tínhamos músicas mais palatáveis para um grande público, mas é um disco que quando a gente quis ser pesado, a gente conseguiu”, explica.

Além da vontade de mudar o som, ele afirma que os fãs esperam alguma evolução. “Querendo ou não, todos os louros do mercado fonográfico que a gente podia receber nós já recebemos no ano passado. Então acho que existe uma demanda externa, de gente se perguntando: ‘o que esses caras podem fazer?’. A partir do momento que você tem a comodidade de estar no topo, você tem também o compromisso de ser vanguarda”
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